sábado, 9 de novembro de 2019

Convulsão social



Baseadas em quais certezas descansam, se agigantam, ou ebulem nossas certezas?






Todos pautamos nosso planos em ideias pre-concebidas, dogmas, paradigmas, leis, mandamentos. Em algum grau tomamos nossas decisões observando preceitos externos nos quais acreditamos, temos fé, defendemos. E nossas vidas dependem de uma série de outros humanos que agem da mesma maneira em níveis distintos. Como podemos descansar nesta premissa se não sabemos se em todos os degraus dessa escalada a hierarquia carrega a certeza pia de que a ciência adquirida de cada um contribui o suficiente para um caminho digno ou para o colapso de certo contingente aceitável ou de muitos?







Não há mais espaço para o original, tudo já foi pensado se tomarmos por base vontades copiadas que regurgitam certezas outras; transitórias ou entremeadas às seculares eruditas convencionadas que se contam ainda correntes ou tão espúrias quanto fraudulentamente atualizado.





Quando em vez não há o devido cuidado com elos particulares uma vez retomadas as pesquisas, não raro a reboque de interesses – ao final, antes das apresentações - uma cláusula nas entrelinhas é inegociável: é preciso omitir que, se as buscas revelarem também o mascaro da natureza nefanda que ordinariamente buscou manter abafada a existência de viciadas gene hermetista; assim permanecerão; ocultas.







O desconhecido, portanto, hiberna sob a pá de cal de interesses negociados a revelia de um continuar desconhecido àqueles que optaram por escolher a ideia contaminada por humores de domínio comum a se perpetuar nas vontades de seus herdeiros igualmente descompromissados com o devir comum a todos.












Certezas podem ser substituídas, como o pequeno eremita e outros moluscos que trocam de casa. Fato é que precisamos desconfiar de nossas certezas e ter a coragem de enfrenta-las ao enfrentar-nos.














Luto, incentivo a introspecção, o individualismo, o pensamento em si, conclamo ao recolhimento, a amizade pouca e escolhida, a socialização mínima, no entanto isto não pode, em hipótese alguma prejudicar ninguém, nossas certezas, acredite, somente são validadas inicialmente quando benéfica a todos... e, passado o que parece ser um misantropo período, é certo que todo o ser batizado nas regras ainda ocultas do renascer estará então ávido a espalhar a mesma lição agora aprendida.


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