Se você não consegue ser empático ao menos politize a ação. Esta semana um dos meus colegas retoricamente perguntou ao outro; quem é você? Aludindo a questão de que somos uma soma de tudo aquilo que nos envolve desde a infância – observando apenas nossos limites físicos.
É divertido e pode até ser uma escolha acertada; por determinado período imitar um marrento do Hip Hop com seus correntões no pescoço, um Bad Boy do cinema, um troglodita do MMA ou um que outro sem noção qualquer do futebol que se apresenta todo emperiquitado ao assimilar por osmose o poder sedutor das marcas e objetos que ostenta. Porém tanto aqueles quanto eu, uma provável cópia esquisita, a cópia da cópia, preciso entender os limites. Antes de tudo é preciso ao menos perceber que aquilo não é você, quando então na vida real o estereótipo precisa ser deixado bem de lado. A vida real, ou o que entendemos dela, precisa; exige; a pessoa verdadeira por trás dos personagens.
O personagem que agride nos clips musicais e o brutamontes, queridinho da vez dos filmes de ação, não são os mesmos ao assinar contratos e ao educar os filhos. Um que outro que a anormalidade por n motivos tornou totalmente irresponsável por conta de sua fama ou histórico de fazer dinheiro, se mantém também em ambientes externos ao personagem, mas esse comportamento em um tempo ou outro precisará ser corrigido, do contrário não se manterá. A própria vida mostrará a ele seu lugar.
Chegamos a um ponto bastante crítico da existência humana no que se refere ao indivíduo social – sociável. O mundo a cada dia mais parece seccionado entre o sim e o não. Ainda menos hoje procuramos entender o significado do “Caminho do Meio”. Caminho do Meio, inicialmente, é também, parar no meio do caminho e avaliar se minhas ações são tendenciosas ou não. Se sim; para que lado elas pendem? Se ainda aí constatamos uma resposta consciente, é preciso analisar um pouco mais a fundo; essa tendência tem a ver comigo? Quanto? E com o mundo? E com o universo? Daqui; destas respostas, é preciso ter discernimento para as correções devidas e retornar ao “Caminho do Meio”; novidade para muitos de nós e esquecimento para outros - quando nossas ações visam o nosso e o bem estar de todos.
Inicialmente,
caso entendamos a proposta, mas não estamos familiarizados com as ações
necessárias para os ajustes; praticar a empatia política, a afinidade ou
reciprocidade estratégica não passional, porém inteligente, é a princípio um
exercício e ótima mecânica para sair da inércia perniciosa.
...agora, somente nos resta a empatia para nos agarrar caso venhamos pleitear uma mudança real. A empatia como princípio é o princípio da guinada ao retorno. A empatia, inegavelmente, é nossa última cartada para um mínimo retroceder a inteligência coletiva.
*
Por agora
fomos transformados.
Instrumentos;
meras máquinas autômatas é o que somos.
Todas as
nossas ações estão sendo praticadas visando um interesse ou outro, geralmente
egoísta, não apenas no sentido ruim, onde prevalece a vontade individual.
Até nos
envolvemos despretensiosamente no coletivo engajado; porém ainda aí há uma ou
outra vertente particular.
Precisamos
quebrar esta corrente egóica, este vórtice interesseiro.
Era preciso
que cada um de nós entendesse que o fazê-lo individualmente não significa uma
derrota, mas uma primeira e importante vitória - eu viverei observando, tendo
como foco principal o bem estar de todos; este deve ser nosso mantra se
pleiteamos algum tipo de mudança pessoal e coletiva.
É claro que
preciso estar calçado para isso, ou seja, ter uma base mínima pra me e
sustentar esta vontade, então entra outra questão; quanto é necessário possuir
para iniciar este processo!?!
Dizemos;
nada.
Para
sorrir, para ser simpático e praticar a empatia basta querer.
Na
mercearia, no condomínio, no futebol, no trabalho, na escola; simpatia;
gentiliza.
Inicialmente,
um empenhado exercício mental, programando, até que isto se torne um hábito.
Como?
Basta
querer e se manter focado.
Da série; A simplicidade é a chave
022.t cqe