sábado, 14 de novembro de 2020

Autor da Verdade

 


 

Do absurdo da verdade absoluta

Entre o ingênuo e o ignoto nasce a questão.../Verdade Absoluta!?!/ Puah!/Aqui?

Quando ou onde/A única verdade é que nada se sabe

A verdade é sua/A verdade contada não é sua

A verdade dita como verdade jamais será a sua verdade

O caminho importa/aí há verdade

Torne sua suas verdades/Aposse-se disso apossando-se de vontades

A busca é a única verdade

Faça verdade sua verdade

Uma vez que o foco é mantido a periferia se desfaz/O verdadeiro caminho se forma

Um traçado/Único/Vestígios próprios/Marcas e sinais formarão verdades imutáveis

Apenas esta é real/Não busque a verdade externa/Elas todas possuem proprietários/Escondidos entre legitimados e vendilhões

O empirismo está/a meta ainda não/o que fazemos acontecer é o que É

Procurar verdades aventadas é apossar-se de representações

Procurar; isso lhe trará o sentido/Despertará sentidos

A essência da originalidade buscada

O dito aqui é minha verdade/aqui interrompo vontades/se a quiseres/a verdade não será sua

O querer sim/A verdade não

Somos os autores da única verdade que importa

 

Importante é o caminho percorrido

Neste agora

A Única Verdade




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“Uma ideia verdadeira não será ‘nova’, porque a verdade não é um produto do espírito humano, existe independentemente de nós e temos somente que a conhecer. Fora desse conhecimento só pode haver o erro; mas, no fundo, estarão os modernos preocupados com a verdade e saberão mesmo ainda o que ela é? Também aí as palavras perderam o seu sentido, visto que alguns, como os ‘pragmatistas’ contemporâneos, chegam a ponto de atribuir abusivamente este nome ‘verdade’ ao que é muito simplesmente a utilidade prática, ou seja, a algo que é inteiramente estranho à ordem intelectual. Trata-se, como conclusão lógica do desvio moderno, da autêntica negação da verdade, assim como da inteligência da qual ela constitui o objeto próprio. Mas não quero antecipar demasiado, e acerca deste ponto só direi ainda que esse tipo de individualismo é a origem das ilusões quanto ao papel dos ‘grandes homens’ ou que assim são chamados. O ‘gênio’, entendido no sentido ‘profano’, é na realidade, muito pouco coisa, e não poderia de nenhum modo substituir a falta de verdadeiro conhecimento.”

A Crise do Mundo Moderno

René Guénon



  

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