Do absurdo da verdade absoluta
Entre o
ingênuo e o ignoto nasce a questão.../Verdade Absoluta!?!/ Puah!/Aqui?
Quando ou
onde/A única verdade é que nada se sabe
A verdade é
sua/A verdade contada não é sua
A verdade
dita como verdade jamais será a sua verdade
O caminho
importa/aí há verdade
Torne sua
suas verdades/Aposse-se disso apossando-se de vontades
A busca é a
única verdade
Faça
verdade sua verdade
Uma vez que
o foco é mantido a periferia se desfaz/O verdadeiro caminho se forma
Um
traçado/Único/Vestígios próprios/Marcas e sinais formarão verdades imutáveis
Apenas esta
é real/Não busque a verdade externa/Elas todas possuem proprietários/Escondidos
entre legitimados e vendilhões
O empirismo
está/a meta ainda não/o que fazemos acontecer é o que É
Procurar
verdades aventadas é apossar-se de representações
Procurar;
isso lhe trará o sentido/Despertará sentidos
A essência
da originalidade buscada
O dito aqui é minha verdade/aqui
interrompo vontades/se a quiseres/a verdade não será sua
O querer
sim/A verdade não
Somos os autores da única verdade que importa
Importante
é o caminho percorrido
Neste agora
A Única Verdade
*
“Uma ideia verdadeira não será ‘nova’, porque a verdade não é um produto do espírito humano, existe independentemente de nós e temos somente que a conhecer. Fora desse conhecimento só pode haver o erro; mas, no fundo, estarão os modernos preocupados com a verdade e saberão mesmo ainda o que ela é? Também aí as palavras perderam o seu sentido, visto que alguns, como os ‘pragmatistas’ contemporâneos, chegam a ponto de atribuir abusivamente este nome ‘verdade’ ao que é muito simplesmente a utilidade prática, ou seja, a algo que é inteiramente estranho à ordem intelectual. Trata-se, como conclusão lógica do desvio moderno, da autêntica negação da verdade, assim como da inteligência da qual ela constitui o objeto próprio. Mas não quero antecipar demasiado, e acerca deste ponto só direi ainda que esse tipo de individualismo é a origem das ilusões quanto ao papel dos ‘grandes homens’ ou que assim são chamados. O ‘gênio’, entendido no sentido ‘profano’, é na realidade, muito pouco coisa, e não poderia de nenhum modo substituir a falta de verdadeiro conhecimento.”
A Crise do Mundo Moderno
René Guénon
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