“Atenção ao controlar mecânico - Toda a nossa ação mecânica
deverá em
algum momento se tornar automática,
automatizada,
natural!
Se percebo
minha ansiedade
e de alguma
forma controlo,
se percebo
minha inveja, ciúme, raiva e as controlo,
qual é o
natural; controlar ou deixar fluir?
Qual
natureza fala mais forte ao meu espírito
enquanto não
consigo domar
minhas
perturbações?”
Antes estou para o pensar razoável.
Sob
o que aprendi até aqui; como a coisa toda se apresenta? Como as representações
são percebidas? Como percebo os meus entornos, minhas posições, o mundo ou até
o universo? Até onde meus interesses avançam para além das fronteiras comuns à
física.
Qualquer
uma dessas questões se dá até que o grau individual se choque com a dualidade
cultura(conhecimento)/abertura; atinja o limite das ideias até então compradas
ao custo de uma vida de dominação aceita.
Como
manter-se aberto ao razoável e qual é; como está o meu nível de razoabilidade?
A quantas andam minha vontade de explorar questões que fatalmente colocarão meu
confortável e estabelecido comportamento a prova?
Atentar-se uma que outra vez para a existência de outras percepções, outrora considerado um salto frente à busca ao sentido do existir; hoje, quando a aglomeração de ideias cegam seguidores à farsa de micro religiões de afetados, levantar a cabeça um pouco acima das telas negras e se conectar com realidades enterradas nas mais recônditas cavernas e bibliotecas pode ser considerado uma pré-iluminação.
Acordar
para a urgência dessa ocorrência é avistar a ponte que faz a conexão que mantém
a diligência do neófito, ou finalmente se conectar ao maior dos portais que lhe
será apresentado, ou possível de ser atingido neste espaço/matéria. Trabalhar
as guinadas necessárias é receber a chave de acesso para passar do hall que
antecede os portões da percepção e penetrar na sua antecâmara e vislumbrar
pequenas amostras do que podemos, aqui, entender por; “Há Mais”.
Agora,
de posse desta disciplina, todos os nossos sentidos são exigidos; e não pense
que nos primeiros dias já se está dominando a técnica.
Por exemplo, você está só e alguém precisa de ajuda, você o faz porque entende a diferença entre certo e errado, ou o ímpeto natural o conduz ao auxílio, ou foge?
Se
sentimos raiva, ódio, inveja; é possível - com um pouco de boa vontade - distinguir
se a sensação é parte da nossa natureza ou percebo que estes são sentimentos
negativos de energia ruim e portanto, mentalmente estou buscando formas de
eliminá-los ou mesmo procurando ajuda?
Desta
percepção podemos, mecanicamente, mudar, paulatinamente, através de nossas
vontades aliadas ao conhecimento e a necessidade de ser uma pessoa melhor, sem
abandonar o sentido maior deste querer; nossos comportamentos, e o mais
importante, à medida que nos mantemos neste propósito, sem perceber, já
estaremos trilhando o caminho principal.
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