Como a
comunicação deve ser feita com o homem homem?
A partir de
que ponto ela se torna possível?
O homem que
percebemos não é o homem.
O homem que
compramos não é o homem.
O homem que
assistimos, que observamos, que admiramos, que odiamos, não é o homem.
Por mais
convencidos que estejamos sobre o homem que está na nossa frente este homem não
é o homem que está a nossa frente, é um estereótipo, ou algo construído sob
moldes diversos, formando um padrão aceitável, um instrumento; é assim que ele
deve ser visto, que devemos ama-lo, respeitá-lo, mas enquanto homem humano ele
não é o homem que vemos a nossa frente; é mais um simulacro.
Nem mesmo o
homem sabe que não é o homem; por tanto tempo criou, trabalhou, construiu uma
ideia, um protótipo do que poderia ser que acabou acreditando que o é.
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