De o porquê
sumidades destroem seus trabalhos.
A liberdade
inexiste. Talvez para alguns não seja essa asserção tão pior ao entender
finalmente que mesmo na arte, o cânon, o topo possível ou máximo alcançável ao
homem pretensamente livre, uma vez aqui; assumidamente a isso vinculado: se
descobre, a despeito de toda a retórica, que a sobrevivência acossada remete, inclusive
eles, a um estado de tolhimento; rudimentar.
Que grau de
decepção; que espécie de agonia pode golpear àquele que estudou e busca e
adquire conhecimento suficiente quando finalmente apreende que ao se jogar na
arte, foi castigado com a lúcida percepção de que: pouco do que fará, o fará
por si. Que todo os seus esforços resultados de trabalho exíguo, por mais
original que possa parecer, por mais extenuante, estará amarrado, atrelado,
conectado, casado, vinculado a cultura universal ao Espirito do Tempo que age
nesse instante univérsico!
E mesmo
quando, vencida a sedutora faina ufana, credita sua originalidade, sua
particularidade, sua singularidade ao instinto; ainda assim não terá a certeza
necessária se trabalhar um átomo sequer dentro da lógica insana da não arte.
*
Anos de observações serviram tão
somente para a conscientização pura de que a partir de vontades entregues, nenhuma ação humana pode ser imediatamente contestada à primeira vista e ainda
que possa, inequivocamente, ser admirada, observada e até celebrada, em
contrapartida como um todo, o conjunto da obra ao artista conscientizado, ante
a abstração do aspecto terceiro, estará mesmo reservada aos escaninhos sob o
título de: “dignas de dó”.
064.v cqe