“Se
pensasse como ele agiria da mesma forma” - Meu primeiro contato com o termo
“coisa em si” foi com Schopenhauer em (O mundo como vontade e representação).
Lendo o artigo do teósofo Edson Gusella Jr. (A verdade como caminho - Revista
Sophia 100), que recorre a Santo Agostinho, “somos a atenção consciente que
existe no momento presente” e Kant, “para Kant não é possível conhecer a coisa
em si... conhecemos apenas a forma como percebemos a coisa”.
Valendo-me
desse artigo, inescapável a todos que à causa interessa, vem-me à mente que
elegi a utilização do termo “algoritmo*” para denominar nosso entendimento da
coisa. A partir desse raciocínio, é possível afirmar que todo o existir
terreno, todo o rearranjo humano é uma compilação/soma da organicidade a que
viemos e estamos vivendo/desenvolvendo. A partir desse pensamento é possível
afirmar que todos estamos calibrados em frequência íntimas, não em seu Eu – um
eu real, taxativo, definitivo -, não na coisa em si real, mas fictícia, criada,
montada.
A
minha percepção é a sua percepção – ou ao menos é relativamente aceita para que
exerçamos um conviver social mínimo - com referência a coisa bruta, a
brutalidade objetiva cotidiana, no entanto ela difere à medida que
desenvolvemos, paulatinamente, algum desbravar de entendimento significativo
que distancie o ator do palco das representações ordinárias para nichos
exclusivos, no entanto, ainda que avance, sempre estará insulado em uma redoma
que o obrigue a se pautar em perspectivas possíveis, observável e realizável
apenas no Plano Terra.
*Algoritmo,
aqui pontuado, faz o papel do, linkar de
convenções, do que a sociedade, as amizades, os relacionamentos, a vida
convencionou, combinou, pactuou, acordou etc. Trata-se dá amarração, da união
de pensamentos; da união, do aglomerado, o cabedal de conhecimento comum ao
grupo, comunidade, país, continente, que resulta sempre em pontos acordados de
entendimento mutuo, bi e multilateral que, cada um à sua maneira interpreta – e
mantém coeso à comunicação oficial -, por conta de como chegou, se valendo
dessas associações (algoritmos), para desbravar a vida, trazendo-a até o agora
de cada indivíduo, ou seja, seu estado de ser resultante da concentração
absurda de experiências.
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