Inspirado
no título do livro de Betty Milan, A força da palavra, penso sobre o ônus e o
bônus de utilizá-las condignamente ao meu bel prazer – ou sobre a segurança, a
maturidade e a lucidez para. Aliás, este pensar é abrangente a estes termos antagônicos que enceram tudo o que movimenta nosso existir. Ao que entendo, invariavelmente, não somos
de arriscar muito - e o que se perde com isso? Mas, particularmente, de o por
que sou comedido e, portanto, não argumento, não escrevo, não ouso um manifestar
livre, portanto ainda acuado entre as preocupações éticas e moral importada
ainda vinculada à uma imposição social dogmática doutrinária; imaginando
momentaneamente que, se minimamente as esquecesse ou não usasse tanto o filtro
do temor, ou abandonasse paulatinamente as aflições presentes desde a infância
sobre o manifestar descuidado, observando e carregando nas tintas da boa
intenção; como saber realmente o valor desse empenhar-se?
Minha vontade, meu mote, minha intenção; até onde é suficientemente pura para que possa soltar-me verbalmente sem a inquietude se o verbo que escapa ao puro, ao sábio, àquele que compreende, criará ruídos desastrosos à Minha Vontade ao que pouco ou nada sabe!?!
Escrever
pode ser considerado uma arte abstrata onde o que foi dito não coaduna com o
que foi lido e então as sinapses que desse contato ocorrem criam outras formas
de se entender/estender à possibilidades diversas?
078.z cqe