Ao se descobrir em meio a infinitude, desperta-se para a
quimera do resultado morte quanto as ocorrências egoístas generalizadas, dada a
automaticidade de entende-la como valor à vida.
*
“A morte é nossa eterna companheira.
Está
sempre à nossa esquerda, a um passo de distância.
Ela
sempre esteve observando você.
Ela
sempre observará você até que um dia o toque. Como alguém pode se sentir tão
importante quando sabemos que a morte está atrás de nós?
A
única coisa a fazer quando você está impaciente é virar à esquerda e pedir
conselhos à sua morte.
Você
se livra de uma quantidade enorme de mesquinhez se sua morte acenar para você,
ou se você a vislumbrar, ou se apenas sentir que sua companheira está ali,
cuidando de você.
A
morte é o único conselheiro sábio que temos. Sempre que você sentir que tudo
está dando errado e você está prestes a ser aniquilado, volte-se para a sua
morte e pergunte se é verdade; sua morte lhe dirá que você está errado; que
nada realmente importa fora de seu toque.
Sua
morte lhe dirá: ‘Ainda não toquei em você.’
Você
deve pedir conselho à morte e livrar-se da maldita mesquinhez dos homens que
vivem como se a morte nunca os tocasse."
Carlos
Castaneda, Viagem a Ixtlan
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