Toda
religião é essencial sob o raciocínio de um sábio adepto quanto ao significado
real do princípio, porém todo fiel que atinge este estado parece aceitar como justo, não precisar mais delas para compreender que faz parte do Todo.
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Religiões
faccionadas – A partir de qual evento desencadeou-se as guerras entre algumas
religiões, tornando seus membros meros aficionados comportando-se como abjetos
torcedores de times rivais?
Muito
tarde aprendi que religião significa religar e o indivíduo que me explicou
isso, o fez, com a seriedade devida do nobre fim de nos religar a Deus, o que
não me lembro de ter ouvido à época, porém ter aprendido sozinho, é que, se
todas as religiões fazem isto, não interessa o caminho, mas o fim em si mesmo;
e ponto final.
Por que faccionar isso? Sim, a resposta, boa parte de nós conhecemos, e por isso hoje não tenho mais religião, no sentido de que não posso dizer que sou adepto a uma única, ao contrário, tenho todas; pinço experimentos sadios quando os sinto, de toda a doutrina sã, baseado em princípios, moral, ética e respeito, para trilhar meu caminho pessoal de religação. No entanto sou extremamente religioso e tenho minha opção como Sagrada. Aprendi o caminho que me conecta com o Todo. A diferença entre estar, pertencer e defender uma facção religiosa ou não, baseia-se no firme propósito da vontade, da prática e do autoconhecimento.
Nas práxis cotidianas, as quais considero como uma meditação em tempo integral, não há torcida contra meu irmão que busca uma saída. Independentemente de qual seja sua opção religiosa, cor, raça e vontades. Mais importante é torcer a favor dele. Por outro lado, praticar sem as amarras dogmáticas das facções não desvia minha atenção para um punhado de ações que criticam as doutrinas rivais. Já não perco mais tempo com isso. Ao contrário, prefiro otimiza-lo, auxiliando um que outro, não sendo um estorvo, ou dando o exemplo de que o mais importante é nos entendermos nas diferenças entre os caminhos que nos inspiram, os mais variados, nas buscas a um mesmo fim.
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