Com a
“Bondade Natural” perdida, abandonada, houve a necessidade de um alinhamento de
ideias transformadas em leis para conter a sanha animalesca dos mais fortes. A criação
de um estado dominante apenas cabresteou estes animais, enjaulou-os a
canetadas.
Uma brecha na
sela - Alguns foram amansados e já não avançam contra as grades, mas a grande
maioria manteve seus rancores secretamente, não tratados, enrustidos; e com a
rapidez com que a tecnologia avançou sobre o cotidiano das pessoas, muito mais
rápido que o velho pensar retrogrado, inerte e adormecido do estado; esse lado
obscuro pôde vir à tona por parte de muitos de nós, em forma de notas maldosas
nas Redes Sociais do mundo inteiro ou dando vasão a libertinagens e
barbaridades de toda ordem em um universo com pouco ou nenhuma regulação, apontando de forma visceral o, como somos,
escancarado personalidades doentes em compartilhamentos desastrosos entre
nossas telas, arregimentando e até mesmo viciando, todo o tipo de desavisado.
Mais rápido
que os armadores de contratos - Ainda sem leis adequadas, gordo, lento e
ocupado com suas mazelas protecionistas, o leviatã se vê enleado em seus
próprios tentáculos até conseguir conter rompantes de indivíduos que enxergaram
nas redes uma forma de expor uma espécie de liberdade descontrolada que jamais
haviam experimentado. Ruidosos, de índoles brutalizadas, não conseguem
diferenciar razão de sentidos justamente por conta de os contratos anteriores
os manter como reles.
Impacto dos
pactos – Não seria a soma de instintos adormecidos, beirando a animalidade com
a má gestão de séculos de contratos montados à revelia e mantidos sob a
truculência de um estado em descompasso com o processo de Evolução Universal
que originou esta sociedade que prima o ilógico, originando rebentos
desarrazoados e bestiais que atualmente se mostram em barbáries incompatíveis
se observadas sob o aspecto comparativo com algumas centenas de anos?
*
O parcial
insucesso do Iluminismo e de tantas outras correntes de pensamento voltadas a
uma correção honesta, na tentativa de defender a natureza altruísta humana, não
necessariamente falharam, afinal seus objetivos foram eternizados, porém o
estado atual demonstra que apenas boas vontades de alguns obstinadamente engajados
não conseguiram estancar duas correntes poderosas que age em cada um dos
indivíduos: o instinto de sobrevivência somado a necessidade – comprada - de
superar o outro; ou seja, pouco se pode fazer para que, continuada esta
corrente, consigamos vencer o egoísmo que vem ganhando forças ao longo da nossa
evolução, justamente por força da arregimentação de membros em agrupamentos –
minicontratos e pequenos pactos – no intuito de vencer se sobrepondo aos
demais, este pensar se tornou modus operandi para mais conquistas pessoais em
detrimento a benevolência e a pureza, se é que um dia ela possa ter existido
conforme defendem alguns pensadores.
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