Dívidas
entendidas como tal, quando tudo o que apresentamos, foi amor incondicional — O
único preço que devemos colocar em nossas ações humanas é o da cooperação
mutua.
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Não negocie às minhas costas — Não avalie apressadamente ou coloque preço na minha obstinação em cooperar sem ter a mínima certeza de quanto lhe custará, caso não nos acertemos até o final ao descobrir que suas intenções não eram coirmãs às minhas, ou seja, firmes, e que, por qualquer motivo alheio a nós, deixaram de ser claras quando já não compactuarmos com o que entendo ser uma convivência razoavelmente sã.
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Se minha disposição em te ajudar não chega nem próximo da sua que entendes deves vender caro seus préstimos que verdadeiramente não tem mais valor que os meus; sob minhas vontades, continuarei minhas ações pagando o seu preço sem que percebas que no devido tempo possivelmente terá que se deparar com o meu.
...então, não reclame.
Aqui, nestes pequenos aforismos, reside o maior motivo de
ódios e infindáveis desgastes contra o meu comportamento, quando meu
afastamento, nem mesmo se deve por motivos que esses pensamentos alheios
dedicam a mim, mas é o contrário que está acontecendo, agastei-me por conta de
não terem pago suas dívidas — que, até então, nem sequer imaginava fazer conta
de nossas ações irmãs conjuntas — uma vez que, agora, sou eu quem determina
como e onde.
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Voltar às costas é um preço insuportável — Ao longo da vida aprendi a fazer por amor ao humano, no entanto, por ser de difícil compreensão ao homem comum o fazer por fazer, ele sempre se apresenta armado e somando valores venais a assistência que vem recebendo; do meu lado, ainda que saiba dessa obstinação humana pela troca, relaxo e continuo, afinal, sempre há um momento em que todo individuo se conscientiza dos reais interesses entre nós, que deve ser e da minha parte é, a cooperação mutua, nos ajudarmos, sermos irmãos e não fazer conta disso, porém não tenho sido feliz em encontrar pessoas conscientizadas, e, via de regra, todo o peso do que fizemos juntos sem paga, de uma hora para outra, por conta, geralmente, da maldita desconfiança, ou de observações ou interesses externos, o que era satisfatório já não é mais; sempre atento, devo admitir que, nesses casos, a única solução que há é o abandono da minha parte ao voltar-me para outras situações que requerem atenção, ao meu ver, mais urgentes, e o meu preço para o desentendimento é a secura em relação ao que parecia ser promissor, e este é um preço que poucos conseguem suportar.
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