“As questões relativas à conduta e às dúvidas sobre o que seja bom para nós não têm regras fixas, não mais do que as questões de saúde (...) Os próprios agentes devem considerar em cada caso o que é apropriado na ocasião, tal como acontece na prática da medicina ou na arte da navegação.”
Aristóteles
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Nem vamos fazer referência aqui, à consciência crítica
generalizada, devido seu apagão no universo comum, atualmente ela é sectária,
partidária, e porque não, sitiada, portanto ou inexiste ou capenga; o que nos
leva direto a automaticidade do homem, sua cegueira, sua falta de poder em
decidir ou protagonizar ações galvanizadas de bom senso e daí duvidar
minimamente do que lhe é apresentado. O mundo se tornou quadrado, precisaremos
reinventar a roda se quisermos a liberdade de pensamento, de escolha, de romper
regras no sentido de sair do lugar comum.
Presos às regras, padrões e normas, sobrevivemos sob as mais tolas convenções. Quando não são os dogmas teológicos, são os paradigmas sociais descontextualizados, aceitos sem a contestação devida ou individual mínima, e o mais agravante nesse quadro, é a falta de discernimento do homem comum. Perdido, sem entender ou nem mesmo se perguntar por que sua vida se dá em um contínuo caminhar de altos e baixos, seguindo assim, conivente, sem algum questionar mais detido, simplesmente aceitando e vivendo sob as regras e ordens do dia: viseiras que os mantém de cabeça baixa a enxergar apenas o que os padrões lhes permitem.
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