Do
eterno paralelismo, nada pareado, entre o homem e o conhecimento.
O
filme Ela (Her/2013); pode remeter alguns de nós também, a visualizar ou imaginar
a disparidade entre as faculdades mentais do homem; onde é visível que o mesmo ser
humano, que é capaz de desenvolver um projeto super avançado, como o “OS1”, não
possua conhecimento além para desenvolver um enredo a altura ou que respeite
seu engenho maior. Guardada as devidas proporções; é um aplicativo maravilhoso
se pensarmos a tecnologia e as necessidades tecnológicas de novidades que o
mercado busca e aceita. Muitas vezes mais, como uma invasão pura e simples,
e/ou simplesmente porque qualquer novidade embalada com criatividade é bem aceita. Justamente porque, do
outro lado, temos o homem comum que não evoluiu na mesma proporção, por uma
série de razões já aqui desfiadas. Assim, ao assistirmos a película podemos
comprovar que a criatividade ficcional é ilimitada na proporção abundante e
singular de mentes criativas e, neste caso, muito além do que pensamos até
então. Porém não sabendo o autor como desenvolver um personagem humano a altura
por falta de conhecimento, evidenciando também, que a inteligência por si só
não se basta; pois ele choca ao colocar o auge tecnológico frente aos mesmos instintos
primais; de animalidade do homem sexual e solitário, fraco e problemático;
indicando, ou assumidamente, que ele próprio não possui conhecimento, - e
poucos o teriam hoje - para desenvolver um enredo inteligente – e a altura da
ideia criada - de confrontação humana com pontos nevrálgicos de interesse tão
nosso ao cruzar milênios de descobertas em deduções lógicas que, uma vez feito,
traria um salto também ao homem/tecla que continua acessando sites pornôs por
não saber, por não ter ainda descoberto que existem páginas importantes na rede
a serem decifradas.
*
Em tempo;
e que não me venham,
intelectualóides, blogueiros cinéfilos ou frequentadores de sites campeões de
audiência, tentarem me convencer de que o mote do filme era a história a ser
mostrada, ou que o público é quem faz o cinema ou toda a balela dessa ordem, e
não o que pensei fosse melhor aproveitar a criativa ideia, porque não é isso.
Apenas criamos o medíocre porque não conseguimos atingir o belo, mas peço que
não desanimem de tudo, afinal, como entretenimento comercial o filme serve. E
entendo que seu crédito maior esteja em desligar por algumas horas seus
defensores de vídeos mais explícitos; ainda menos aculturados.
072.i cqe