Somente ao
são é possível produzir boa filosofia. Ao mal, ao doente, ao desequilibrado,
falta ainda o encontro com o elo que o fará situar-se. É ainda pior o tentar
desse, porque se ocupa em contestar o primeiro e isto fatalmente o leva a perda
de preciosas e importantes oportunidades em estudar o que contesta a fim de
melhorar o que não consegue realizar.
A
contestação ferrenha e contraditória somente é profícua entre seus iguais.
Ao destoar
para humores vaidosos – inveja, ciúme, mesquinhez – não se produz, ou melhor, não
é a via acertada para aperfeiçoar contextualizações, aqui descuidar-se: apenas distorce e muito raro as evidenciam positivamente.
O homem
dedicado a cura precisa estar bem consigo mesmo, do contrário suas
contrariedades não apenas atrapalham o paciente quanto podem admoesta-lo ainda
mais. Assim é o homem de pensamentos, ele precisa ser puro, atingir a humildade
da observação e somente então consegue encontrar as palavras e as energias
curadoras ao mal que atinge a si e aos seus observados.
“Mesmo o
louco precisa de uma dose de equilíbrio para interpor e amarar suas ‘razões’
(des)conexas.”
048.n cqe