Espírito disciplinador - Após
assistir o filme “Kardec”, reafirmo minha opinião de que o espiritismo é um
processo natural, portanto não pode ser observado de maneira alguma como uma
doutrina no que se refere a religiosidade como a entendo. Uma doutrina sim, no
entanto, apenas, ao levar em consideração a valorização do rito através do
recolhimento, do respeito, do comportamento comedido, reto, íntegro, moral e
aglutinador de valores pautado no entendimento consciente de um depois; de que
há mais e, portanto, no mínimo, o ser humano precisa acautelar-se em suas
decisões por conta da incerteza, do ignorar frente à ciência - a nós - inexata
do existir humano em comparação ao universo sutil.
Não
enxergamos as bactérias e micro elementos sem o auxílio de aparelhos
sofisticados. Acreditamos nas benesses das energias dos alimentos, por exemplo,
propaladas por uma gama infindável de teses. Somos levados a acreditar na
expansão ininterrupta dos cosmos por conta de pouquíssimos estudiosos do
assunto. No entanto, no que se refere ao mundo espiritual as evidências
apontadas vão contra – por ora - uma cultura estabelecida entre bactérias e
expansão estelar a qual tanto avançou no entanto preteriu oportunizar o
processo natural preferindo acovardar-se na espetacularização desnecessária e
contraproducente negligenciando que o ser desprovido de corpo continua seu
processo natural na existência.
Se não
posso provar que é (ou como, ou porque) e
algo indica que aquela ação não me é favorável frente à dúvida, o bom senso
aconselha que o melhor a fazer é não agir... e vice versa. Concomitante a esta
máxima, transformar o desconhecido em espetacular por razões instintivas que
facultam estados, valoradas e oportunizadas a assim permanecer é mais um
permanecer no pensar erudito que avançar para a metafísica do desprendimento.
Posto que, “o trabalho dignifica o
homem”, “fora da caridade não há salvação”; seja quais outras ações que façamos
imbuídos de sensatez fatalmente irão se provar, para todos que são sensíveis à
prática destas máximas que, naturalmente empossados de boa índole;
manifestamente se “religaram” a Deus independentemente de chancelas
autoritárias.
060.r cqe