Um carinha
muito safo – um conselheiro - ao qual tenho contato certa vez respondeu-me uma
questão sobre jamais exercer ou evidenciar sua autoridade com uma sentença;
“quem verdadeiramente adquire poder não usa o poder que tem”. O contexto do
assunto à época – entre outros enredos que não vem ao caso aqui - dizia
respeito à ponderação; da responsabilidade com que o indivíduo que alcançou
certo destaque precisa assegurar concomitante ao poder adquirido e observar na
mesma proporção a forma centrada, comedida, antes de lançar mão dessa
autoridade. E ficou claro que sua observação dizia respeito ao modo ordinário,
vulgar, do uso volúvel de prerrogativas, não raro, supostas, apenas porque se detém tal poder. E complementou que, invariavelmente é um desperdício de
energia e mais se está expondo a situações improdutivas, quando apenas lançando
mão do conhecimento e/ou discernimento se tem aí material suficiente para
resolver a maioria das questões.
Exige-se
muita consciência para adquirir responsabilidade; ensina. Afinal, cabe ao
pequeno respeitar o superior hierarquicamente, no entanto é ainda maior o compromisso
deste em relação às gentilezas sempre indispensáveis para com o primeiro.
Em se buscando a decência, quanto
mais alta a posição maior é a responsabilidade em ser educado.
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