sábado, 25 de julho de 2020

Dinheiro; apenas um estado


Apenas aquele que não tem problemas quer dinheiro; quem está realmente sofrendo com as adversidades da vida ou entendeu a mecânica do existir, nem sempre lembra dele ou entende que um aporte maior de recurso financeiro possa resolver a situação.




Apenas quem procura problemas ou ainda não sabe administrar seus desejos deseja mais dinheiro.


Tratamos o dinheiro como a maioria das religiões; chegamos neles e nos deixamos cegar quando na verdade ambos devem ser tratados apenas como um estado a ser alcançado e superado, mas boa parte de nós fica embriagado ou equivocado entendendo neles um fim enquanto não percebe a dinâmica do enredo.




A humanidade apegou-se ao mito dinheiro, que é uma ideia prática fantástica e importantíssima, porém se deixou levar por aqueles usurpadores de ideias. Estes criaram ilusões paralelas fazendo com que muitos dos seus sintam necessidades que só poderão ser aplacadas com mais dinheiro; este ciclo pernicioso, este vórtice, quando apanha o desavisado, não é possível evita-lo sem um despersuadir ainda mais importante.






Precisamos definir antes e verdadeiramente o que queremos, se isso é casar, ter filhos, constituir uma família, muito bem, isto será feito, porém, todo um processo envolve este processo, e nem sempre saberemos como lidar com ele, e mais, ainda que milhares de pessoas cheguem a velhice, pessoas que conquistaram este propósito igual ao seu, ainda assim eles morreram frustrados, e por que? Porque não é possível imaginar uma família perfeita sem os cuidados necessários ao longo do caminho, cuidados estes que demandam planejamento constante, revisões, alinhamentos e correções aos quais nem sempre estamos suficientemente focados para os ajustes devidos.




O que você quer? O que você quer realmente entre meio ao que você diz querer, isto é, o que você quer no meio do caminho que o teu querer principal lhe proporcione? Está não é uma questão de resposta simples.





Quanto falta a cada um de nós perceber que os badulaques periféricos ou as “interferências” do propósito maior não são, nem de longe, levados em consideração.

A paz interior é bastante egoísta se observada sob o prisma deste plano, porém, ela é extremamente importante se você procura, apaixonadamente, algo próximo ao resgate de seres humanos amados; porque, se todos estão se afogando sem ninguém para jogar a boia, é bem possível que isto aconteça, porém, se um ou dois consegue chegar à margem, é mais provável que eles tenham condição de salvar um ou outro.

 

Inspirado em uma palestra de Maharaji (Prem Rawat)



Do livro;

Dos contos que não contarei

e dos contos que parei de contar



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