Em seu último trabalho, Krishnamurti to Himself, o Grande Mestre revela outra faceta: “Na
meditação não deve haver mensuração (...) A meditação é movimento sem motivo,
palavras ou pensamentos. Não deve ser deliberadamente estabelecida. Somente
assim ela é um movimento no infinito, imensurável, sem uma meta, sem fim e sem
início (...) Na meditação sem mensuração existe a ação daquilo que é mais
notável, mais sagrado e santo.”
Em Freedom from the
Know, ele descreve sua percepção da seguinte faceta: “A meditação é uma das
maiores artes na vida, talvez a maior, e não se pode aprendê-la de ninguém.
Esta é a beleza da coisa. Ela não tem técnica e, portanto, não tem autoridade.
Você aprende a respeito de si, observa a si mesmo, o modo como caminha, como
come, o que diz, a fofoca, o ódio, o ciúme – se você percebe tudo isso sem qualquer
escolha é parte da meditação. Assim, a meditação pode ocorrer quando você anda
num ônibus ou num bosque, ouve o canto dos pássaros ou olha o rosto de seu
filho.”
Paradoxalmente, numa conversa registrada em krishnamurti on Education, ele diz: “Sente-se silencioso e imóvel, não apenas no corpo, mas também na mente. Nessa quietude, preste atenção aos sons fora deste prédio, o galo cantando, os pássaros, alguém saindo. Ouça primeiro as coisas de fora, depois ouça a sua mente. Você verá que o som externo e o som interno são o mesmo.”
Pinçado por Cecil
Messer
Revista Sophia Nº 106.
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