Somente se lê
definitivamente quando eliminado o domínio da mente da leitura.
Ao ler alguns livros densos é preciso que se esteja presente, ali, atento as intenções, ao viés sensitivo prático/técnico do autor. Alguns livros exigem isso e ainda a consciência da não presença, digo, da não presença do ego, da negação, da fuga.
Um texto pensado, filosófico, psicológico, exige a
presença/ausência do leitor. Nestes textos, uma vez dispersos, como na leitura
de um romance, onde viajamos, não é possível se aprofundar nos sentidos ou
muito menos entende-los, é por isso que a leitura não agrada. No entanto, se se
tem a sorte de atingir esse primeiro, outro ponto nefrálgico é tocado, a
concordância de que algum elemento grita dentro de nós, tentando, instigando
uma espécie de auto cobrança, onde nosso espírito clama algum conforto e
descanso do dispendioso agitar humano. Se esta barreira não é vencida, os bons
textos são abandonados ainda nas primeiras páginas.
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