Ao ser puro não cabe o significado do existir porque
simplesmente não há como não existir, bem como seria uma redundância absurda
nomeá-lo amoroso, compassivo, mesmo graduá-lo altruísta. Em uma possível
analogia, o mais próximo que se pode ilustrar, seria avaliar sua pureza
comportamental a de uma criança em seus primeiros anos de vida; não há a
compreensão de nada por parte delas, por não fazer sentido o pensar na existência
de algo que não existe, elas apenas agem sem a necessidade de definições,
eliminando também, é claro, os rompantes manhosos ou os resquícios das cargas
que inevitavelmente carregam ao aqui nascer.
Inicialmente podemos nos apresentar como se fossemos desprovido de certezas sobre o amor, denominado frequentemente como, desamor e, portanto, não compaixão, que evolui para os dois: Amor e Compaixão; que, a princípio, como os conhecemos, porém, não assimilamos, são parte de uma mecânica muitíssimo útil e a espinha dorsal a sustentar o claudicante equilíbrio que assistimos ao longo da história humana. Nossa evolução para alguma meditação centrada revela uma espécie de acordar para ambos, após uma longa jornada por caminhos inseguros, vacilantes e obscuros, se convertendo em um mantra, tornado uma espécie de despertar após atingido o caminho de praticá-los além da razão e consciência. Regozijando-se neste vórtice de ampliação auspiciosa ao externo, despontamos para o descolar-se didático de ambos, para a consciência de que eles, como os viemos considerando, ainda que significativos e de importância ímpar, fazem parte de um processo assistido muito além da compreensão usual, um princípio mecânico, até que, consequentemente assegurados, são naturalmente incorporados ao entendimento intrínseco do ente, onde finalmente resgatam seu estado de ser, retomado como parte do estado natural do ser, agora, desperto.
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