Conscientizados
de que somos um lapso, um hífen e não uma reticência em si, seria mais fácil
seguir adiante.
Não
porque houve um início, mas porque não temos acesso a este pretenso início - porque
somos o eterno errar.
Precisaríamos
nos convencer, definitivamente, de que não passamos de um traço na existência. E
a lógica aponta que, cedo ou tarde sairemos daqui devido ao colapso de nossos
corpos. Nada mais correto então, que aproveitar essa certeza e viver a vida da
melhor forma. E isso consiste em invocar a inteligência para então fazê-lo.
Afinal, se a morte é certa e a vida não, é a vida que precisa ser valorizada e
não a morte. Hoje vivemos em função da morte, precisamos inverte isso. Vida –
como insistimos em entendê-la - é que não temos; a morte sim... é direito
adquirido.
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