sábado, 4 de julho de 2015

O Candeeiro



Então aciono minha vã futilidade... meus humores instáveis... tão difíceis de serem extirpados. Para concluir que é justamente fazendo uso desses irmãos que se dão em atropelos, que me vanglorio de seguir no escuro. Sabendo que ao meu lado existe Alguém que carrega um candeeiro capaz de iluminar não apenas o meu caminho, mas o destino de legiões. Por conta disso a melancolia não me atinge, porque, uma vez que avanço no escuro, estes Seres que seguem comigo, somente o fazem porque avanço só, ainda que comigo estejam - e é apenas por isso que os mantenho... é por entender-me só que só não estou.

Todo o ser verdadeiramente magnânimo não deseja que o sigam enquanto houver resquícios de dependência, por entender a unicidade de cada um. Até o faz, a um que outro que necessite do auxilio batismal, mas este espaço é exíguo, por saber ele que todo o ser precisa encontrar a sua forma de caminhar, e não torná-la uma dependência preguiçosa ou mesmo incúria e contraproducente, justamente no minguado espaço onde estas expressões fazem sentido. 

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