domingo, 17 de julho de 2016

Crítica


















Respeito; mesmo àqueles que não nos respeitam





Existem aqueles que saem das escolas e fazem escola, e outros tantos que continuam a carrega-la por toda uma vida; há que se entender também esses limites.

Era preciso considerar que aí também houve o esforço, e também que, mesmo quando a primeira opção a se apresentar é o vantajoso caminho da lei do menor esforço para arrastar-se pela vida; existirá toda uma sorte de outros desgastes compatíveis às escolhas que nem mesmo se houvesse interesse conseguiríamos imaginar e a eles sobreviver – estas ao final se mostram as piores. Ao que nos parece, por tão pouca fortuna proporcionada ao longo de toda uma vida, convivendo-se, alheio ao risco de em certo estágio verificar a vã veleidade destes esforços/escolhas. 

Lembremos aqui daqueles que aprendem, e só. Desenvolvem-se até o limite do comum mediano regrado por seus iguais de academia, satisfeitos em cargos suficientemente obtusos para carregar a vida escolhida até a morte miserável que, não raro, acreditam tudo encerrar.

Continuam a deixar-se levar, quando muito, pela cartilha. Não ousando imaginar que podem algo mais, enquanto é lícito – quase obrigatório - entender, ainda imberbe, que após a didática escolar há todo um universo a ser explorado – que o mostrado não passa de ínfima amostra de todo um universo a ser descortinado diariamente até um fim glorioso de descobertas e possibilidades inauditas e visíveis apenas a estes; porém a título da “crítica”, estes, tornado agora censuradores, desrespeitam o explorador nato; ou seja, uma série de homens que descortinam, que tentam arrastar à luz, insistentemente: todo um universo a outros que instam ao erudito, à fórmula rigorosa, à medida exata como princípio único de evolução e sobrevivência, comprometendo a todos no seu viver quadrado, aceitando que alguns poucos até podem voar alto, mas “precisam” sofrer sob o crivo, sob as regras obstinadamente bem aplicadas;  essas sim, sempre  bem trabalhada por sérios senhores, cujo recalque, a pontuar suas notas de desabono a frente, primeira; que ao final servem mais à denunciar o peso que a escola lhes ferrou.


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