domingo, 17 de julho de 2016

Vendados



Com ar compadecido de menos e assumida preocupação; considerou:

“De que me adianta saber se nada posso fazer?”

“Conhecer a condição detidamente deprimente; o mutualmente seboso e aceitável roçar-se social camuflado, e profetizar o óbvio - o previsível e indesculpável resultado obscuro de infausto quadro que na antessala, vê-se, pelo véu das cortinas, que trás na face carregada o antecipar do colapso - de pouco me adianta se não posso valer-me de ferramenta alguma, de nenhuma mecânica capaz de consertar minimamente ou dar-lhe um norte; impensadamente hoje, quando toda a comunicação atingiu seu ápice, e ninguém imaginou que nossos indispensáveis cotidianos contratos sociais, contivessem tão pouca verdade.”

Da série; Quem verdadeiramente tem poder não usa o poder que tem


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