Escrevo observando
um tempo/espaço onde a escrita não será lida e entendida limitada apenas a
cadeia celular ou sob contextos comuns aos elementos e sentidos explorados dos
ininumeráveis conjuntos autor/leitor.
Busco a tradução
correta para brindar o agora com o inevitável existente. Ao intuir que esse
plano é tão possível quanto acessível a todo o amante das letras.
Onde os
textos serão observados, devorados e saboreados na “íntegra” – uma abrangência
jamais imaginada – incorporado de ânsias atrozes a pacientes traçados; carregados
de sensibilidade, e das vontades repletas de todas as volúpias do autor. Uma
vez que o leitor terá, analogamente à disposição, sentidos outros, nada
comparáveis aos hoje limitados a matéria e as leis da física; permitindo, de
alguma sorte, observar, apreciar e sentir as energias; infindáveis matizes, nuances
e tons que, combinados no DNA dos apontamentos, poder-se-á vivenciar todo o
ímpeto, toda a intensidade, amor, ou quaisquer outros sentimentos – não críveis
aqui -, anexando tempos e lugares somados ao longo da existência de almas agora
livres; presente no ato e no alinhamento matematicamente esquadrinhado no
distinto trinômio: autor/leitor/texto.
045.L cqe