A
concorrência, continuada e incisiva, sem trégua, e nos moldes reconhecidamente:
inteligente criativa; é perniciosa em longo prazo. Portanto, a seguir nessa
levada acirrada e inconsequente entre as empresas, essa disputa tornada
indispensável, é sem sombra de dúvidas, paradoxalmente, a responsável pela
extinção prematura de seus clientes apreciadores - hipnotizados. E até quando
continuará sendo, se não a principal, a mais invisível das causa mortis do
cliente consumidor? Até sua total extinção; quem sabe? No entanto, ela é, com
certeza, o resultado da aguda mecânica de vendas: antes destrutiva na sua
agressividade criativa. E, com a “morte”, o aniquilamento do consumidor, seja devido
ao seu depauperamento ou por negligência; seu lado humano foi sendo deixado a
margem ao longo desse processo, e assim estamos prestes a assistir o sucumbir
também dessa última “vontade” do homem: o possuir. Cheguei a esta análise a
partir da observação da crise tanto democrática quanto do sistema econômico
autofágico, onde o consumidor instigado pelo projeto colossal de vendas, não se
preocupou tão somente ao que lhe era básico e essencial, ele comprou a ideia
toda, a plasticidade do consumir e melhorar tão somente como homem/homem.
Adquirindo então, todo o pacote que lhe foi imposto subliminarmente, e como
consequência, ele está morrendo como pessoa, como indivíduo, como ser; e, se
não temos a alma: o espírito por trás da vontade; a vontade morre.
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