sábado, 30 de julho de 2016

E os arqueólogos!?!



Ainda que não saibamos, desviadas todas as rotas de discernimento, retrocedemos a viver um devir inexistente, desconhecido, porém o estamos construindo mais real do que possamos imaginar – “cuidado com o que desejas”; onde imageticamente apostamos que, uma vez lá, deveremos finalmente dar valor e prestar as justas homenagens aos heróis imolados, acreditando, voltando as nossas culturas ancestrais, que exista tal Valhala: lugar onde veneraremos realmente, com todas as honras devidas, ao incentivar por agora que, o verdadeiro vencedor jaz junto ao vencido.

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Melhor vence aquele que convence não o que aniquila; até então o segundo é obrigatoriamente aceitável ao nos observarmos friamente, porém; já não possuímos histórico suficiente para mostrar um mínimo de intenção de evoluir para o primeiro?

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Enquanto revira esqueletos, em síntese, a arqueologia corrobora o nosso estado de novo homem velho com o que mais ela flerta: conhecermo-nos efetivamente, ou atenuar nossos atos ao trazer à luz nossas origens de barbáries?

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A história nos conta que o Homo Sapiens é um vencedor nato, após chegar ao domínio da cadeia alimentar (inicialmente não ocupávamos o topo); vem derrubando um a um todos os concorrentes – logo que chegava a um novo local, a população nativa era extinta: Homo Soloensis, Homo Denisova, Homem de Neandertal, Homo Floresiensis. Qual o segredo do “sucesso” dos Sapiens se perguntam os estudiosos?

Da nossa parte, somos mais especuladores que estudiosos, então faremos o que nos compete, e, ao que parece, ao Sapiens falta apenas concluir a tarefa: derrubar-se no sentido mais colapsado que possa existir.

Ao observarmos nossa sociedade, legalmente convencida e ávida por vitórias; para tornar-se a suprema vencedora, a cumprir seu persistente, e ao que parece, o também, infalível instinto animal. A espécie Sapiens deixará na história – para ninguém ver – o registro desse paradoxo desenvolvido par e passo ao seu caminho evolutivo; o de vencer finalmente até mesmo ela própria, aniquilando-a num raro – ou diria único – acontecimento - demonstração clara de supremacia sempre presente aos muito superiores: o cumulo da vitória de se matarem todos, inclusive a si mesmos... até o último remanescente.

Da série; da arqueologia que corrobora o novo homem velho

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