“Uma
filosofia da vida concreta não deve se privar da exceção e do caso estremo;
pelo contrário, deve se interessar por isso no grau mais elevado. A exceção
pode ser mais importante do que a regra, não por causa de uma ironia romântica
voltada para o paradoxo, mas sim porque a seriedade de um conhecimento vai mais
a fundo do que as generalizações claras inferidas a partir do que se repete
ordinariamente. A exceção é mais interessante do que a regra. A regra não prova
nada; a exceção prova tudo: ela confirma não apenas a regra, mas também a
existência desta, que deriva tão somente da exceção. Na exceção, o poder da
vida real rompe a crosta de um mecanismo que se tornou entorpecido pela repetição.”
Carl Schmitt
Isto prova a velha teoria de que todo aquele que romper a regra por conta da plena consciência da ação será poupado se esta não desestabilizar o padrão ainda necessário ao – comportamento adestrado - que se habituou a respeitar ou a que elas se obrigam por não conseguir gerenciarem-se por si mesmos.
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