“Você sabe
que não passou”, repete o Mestre. Não, não se repete, repete uma afirmação que
se repete há anos sobre incontáveis testes aos quais falhei.
Novamente,
ao final, fui informado que tudo não passou de um teste e que, outra vez, eu
não havia passado.
Penso por
quantos perrengues passamos, cotidianamente, sem nos dar conta de que aquilo
não era importante em si, mas tão somente para que o universo descobrisse que
estávamos avançando! E em quantas vezes ele retornou desacorçoado?
Outro
Mestre que considero e que há muito as ocorrências naturais da vida dele me
afastou, costumava aconselhar; “às vezes era preciso que você repetisse mais
vezes, ‘não tem importância’” (quanto tempo levei para compreender isso, e a
quanto venho me esforçando para aplicá-lo).
“Hoje tudo
bem”, antigamente me incomodava muito este tipo de informação. Por haver
“falhado” ou por não entender ou saber se uma indireta que sempre era uma
direta estava endereçada a mim enquanto meus orgulho e vaidade procuravam uma
desculpa para delas desviar-me.
Venho
aprendendo sobre meus limites e por mais de duas décadas insistindo, me
policiando e entendo que “houveram” avanços.
Fico apenas
chateado, mas, bola pra frente.
Após todas
estas lutas e derrotas, e a continuidade. A insistência em tentar, e mais, o querer; passei a acreditar haver um delay na minha evolução pessoal.
Ao Mestre
apontar o resultado e esclarecer sobre outro teste negativo; a ele retorno
vivenciando o em si da coisa. Fazendo uma retrospectiva não apenas do momento,
porém de todo o bojo às vezes intragável. Envolto em uma aura de contrição e
autopunição sadia permito-me a cobrança, e quase como um castigo - afinal estou
consciente dos meus objetivos (Vontade), - e com veemência: procuro o porquê da
contrariedade; do lutar obtuso contra a natureza. Chegando a duras penas, a
conclusão que isto faz parte do processo. Que o curso evolutivo pode não ser –
e definitivamente não é - finalizado com a reprovação nos testes. Que podemos
continuar trabalhando no assunto, agora, com algumas informações
importantíssimas.
Na verdade,
uma vez domado, posso tornar o teste uma ferramenta; uma espécie de espião. No
meu caso, precisei deixar o orgulho de lado e entrar dentro dos infernos que em
mim ardiam toda vez que o Mestre, a meu favor, os instigava.
Uma vez
educado, continuo, a contra gosto, costumo dizer – em tom de brincadeira-, “sob
protestos”; assumindo sem lutar(muito); sem o debate estendido que o Mestre
jamais esteve contra, no entanto sei agora que ele percebe muitos dos meus
infernos, e ainda que isto não revele, tremo ao acreditar que revolverá tantos
quantos for possível enquanto eu resistir.
Da Série; vamos prorrogar a existência dos sentimentos