Do Temporal
e do Atemporal
A expressão
achar, por ser atemporal, somente faz sentido e terá seu real significado
quando expressada sob este aspecto de entendimento, do contrário remete seu
articulador a vala comum do ignorante, ao limbo dos proxenetas, daqueles que
papagaiam dados fornecidos sem a mínima ação de acareá-los.
Expressar-se
achando, é inteligente somente ao luminar, que o articula atento à observação
de que seu momento não garante nada, devido, justamente, ao ciente entendimento
da dinâmica da versatilidade, das inomináveis e inexploráveis formas de
expectativas e/ou perspectivas, portanto, dentro de certezas bravamente
adquiridas e históricas assertivas, cônscio, entende e respeita o público ao
qual se direciona.
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Com muito
mais frequência assistimos os jovens terminantemente confiantes em decisões
acatadas consideravelmente arriscadas tomando-as como o sumo de sua deliberação
futura. Com o conhecimento do arrojo vital do momento e blindado pela
petulância encouraçada peculiar do instante, resignam-se às escolhas ditadas
tão somente ordenados e entregues aos orgulhos naturais e fartos no incauto ao
anteceder a passagem para a maturidade. Velhos; nos imaginamos lá, onde nada
penetrava nossa ânsia e voluptuosidade entendendo agora que agimos muito mais partindo
de tomadas capciosas à ideia que se
tem de alguma espécie de segurança não se avaliando e sim espelhado naqueles em
piores condições e presumidamente entendendo-se proprietários de superioridades
superestimadas ao que realmente possui, vangloriando-se portanto, em um
estacionar precoce e mentiroso; aninhados cada qual às quiméricas zonas
particulares de conforto onde são – tardiamente comprovado - suportados meramente
como uma peça do enorme jogo social, desconhecendo que muito pouco fará romper a
linha fina a qual este engano é mantido.
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