A discussão
é a energia motora de todo o sistema que se quer atual
O que
amarra a palavra e então a torna ainda mais livre!?!
Se por um
lado a nossa obrigação natural ao evoluir agarra-se a qualquer arresta ou protuberância
para observar novos horizontes e divisar o velho do contemporâneo ao mesmo
tempo somos avessos à progressão plástica e, independentemente dessa falha
continuamos. E, nossa ponta de lança, nossa broca de videa a perfurar o
desconhecido é a comunicação que obviamente se faz por palavras; estas, sempre
livres e adaptáveis não apenas se mimetizam como se permitem as mais
inverossímeis vontades de inimagináveis, criativos, ousados e porque não insanos
autores, fazendo jus ao que disse o poeta, “as
palavras têm a leveza do vento e a força da tempestade” e podemos
acrescentar, atrelando ao contexto, que assim como ambos, elas são vistas e sentidas
a maneira de cada um que por elas seja alcançado. Desse
modo é adicionada a palavra criada novas nuances, dando-lhe configurações outras,
tornando-a instrumento ainda mais poderoso a romper a barreira inculta do homem
que insiste, diferentemente dela, a invariavelmente esconder-se ao lançar mão
de instrumentos justamente criados para seu avanço.
A palavra
não pode, jamais, receber a conferência de pronta. Receptora natural, livre e
sempre suscetível; é aglutinada a sinonismos regionais, culturais ou tão ou
mais importantes, surreais, tendenciosos ou efêmeros. Elencados por modismos, e
nem por isso os abandonará. Direito adquirido; uma após outra, suas agora
parceiras tornadas semelhantes; almas gêmeas. Somam a transformando, menos em
um instrumento pesado, mas, a cada passo, o amálgama epistolar lhe confere
novos poderes. Enquanto outro apêndice
lhe é aglutinado, aumentando sua leveza, ampliando obrigatoriamente sua
abrangência, seu alcance; sua riqueza passiva.
“Nunca deveis utilizar uma palavra
nova, a não ser que ela tenha estas três qualidades: ser necessária, inteligível
e sonora.”
Voltaire
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