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Em 1656,
quando Espinosa ainda não havia completado 25 anos, escorraçaram-no da sinagoga
com o seguinte motivo:
Com
o juízo dos anjos e a sentença dos santos nós declaramos Baruch de Espinosa
excomungado, amaldiçoado, execrado e expulso, pronunciando contra ele todas as
maldições possíveis escritas no Livro das Leis. Que seja amaldiçoado de dia e
de noite. Que seja amaldiçoado quando se levanta e quando se deita. Que possa o
Senhor nunca mais perdoá-lo. Que o seu nome seja apagado de todas as tribos de
Israel e que jamais possa subir ao céu.
O seu
grande crime era a dúvida. Certo dia ofereceram-lhe até uma remuneração de mil
florins por ano para que deixasse de duvidar da fé hebraica, e ele
desdenhosamente recusou.
Contrataram
então um “matador” para apunhala-lo. Graças a Deus, no entanto, ele só teve o
prejuízo de uma capa rasgada. P23/24
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Livro
De Descartes a Kant
História da Filosofia Moderna
Luciano de Crescenzo.
035.p cqe