Quanto vale
uma vida, hoje?
Logo nós,
que nos envaidecemos de ter nos tornado os melhores fabricantes de dinheiro de
todos os tempos; de desenvolvermos a tecnologia mais avançada, senhores da
ciência, podemos hoje com folga assumir, apoiados nos números da violência, nas
propagandas e falta de amor próprio que vem elevando os casos de suicídio. No
aumento exponencial de doenças, paradoxalmente, não originadas da falta de
recursos, ao testemunharmos agora o inverso, serem originadas do excesso de
oferta de opções plásticas e superficiais de toda ordem; a partir daí não é
demais afirmar que a vida, ao contrário do valor do dinheiro, vem,
irracionalmente, perdendo preço.
038.p cqe