sábado, 16 de junho de 2018

Cotação em baixa



















Quanto vale uma vida, hoje?

Logo nós, que nos envaidecemos de ter nos tornado os melhores fabricantes de dinheiro de todos os tempos; de desenvolvermos a tecnologia mais avançada, senhores da ciência, podemos hoje com folga assumir, apoiados nos números da violência, nas propagandas e falta de amor próprio que vem elevando os casos de suicídio. No aumento exponencial de doenças, paradoxalmente, não originadas da falta de recursos, ao testemunharmos agora o inverso, serem originadas do excesso de oferta de opções plásticas e superficiais de toda ordem; a partir daí não é demais afirmar que a vida, ao contrário do valor do dinheiro, vem, irracionalmente, perdendo preço.



















PS.: Um que outro desatento pode questionar que as guerras mataram mais; contradigo afirmando que em algum grau elas ainda existem, mas é verdade, seus números são menores, porém nosso reflexo – o acima exposto - é ainda pior, nossas mortes, a maioria delas, poderia ser classificada de individualizada: ou são provocadas por nós mesmos ou por uma série de insanos originários de todos os cantos do mundo; insisto: os Senhores da Guerra, aconchavados, se estreitavam em menor número.









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