Adquira confiança no que faz e
aprenderá que o silêncio alheio pode ser o maior dos estímulos.
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Adquira confiança no que faz e
aprenderá que o silêncio alheio pode ser o maior dos estímulos.
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Especialistas dizem que precisamos dos outros para florescer; o que é uma verdade. E quando isso se dá; se considerarmos a explosão de adultos feitos com os níveis mais baixo de autoestima já observado, da necessidade de companhia, da falta de amor próprio e de princípios, do déficit de atenção generalizado por falta de tempo para atender ou entender aqueles que precisam de nós!?!
Precisamos
dos outros para florescer, porém, quando se dará o florescimento?
De modo (in)comum criamos necessidades outras de nos agruparmos; o que é ótimo. Fraternidade, solidariedade, colaboração, segurança, compaixão, amor, e então a tão almejada autossuficiência pode ser despertada, porém se observarmos as patologias que acometem a humanidade a partir do final do século passado e vem se ampliando no início deste, por mais otimistas que tentemos ser é fácil entender que a necessidade de contato vem aumentando ou pior, deriva para o isolamento doentio enquanto continuamos subindo a montanha.
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Só há uma solução, e ela é radical. Todos se alinharem
para uma refeição mínima diária, básica, por quanto tempo for necessário; não
mais comprar roupas e alimento além do básico; remédios, apenas em último caso
e qualquer outro serviço apenas em caso de sobrevivência. Estão dependentes de
aparelhos eletrônicos, esqueçam, não os compraremos mais – um rádio de pilhas
te mantém conectado ao mundo; não precisamos interagir, ninguém ouve mesmo.
Isso se dará por quanto tempo? Meses; pode passar de um
ano! Ok! Nós aguentaremos, nós nos ajudaremos uns aos outros dentro desse
processo básico de sobrevivência. Perderemos nossos empregos; a economia irá
colapsar? Com certeza, mas a culpa não será nossa – como não é somente nossa
frente ao que estamos assistindo quando somos sempre os mais prejudicados - e
não seremos mortos, porque nenhum de nós sairá às ruas. Cumpriremos todas as
leis. Não lutaremos, não esbravejaremos. Ficaremos quietos, porém, não mais
calados.
Ok! Ok! Brincadeirinha, afinal, a esperança é a última
que morre.
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Alexandre Soljenítsin
No livro
Arquipélago Gulag p525
Quando
Acabar O Maluco Sou Eu
Raul Seixas
Eis que eu
sou normal e isso é coisa rara
A minha enfermeira tem mania de
artista
Trepa em minha cama crente que é uma
trapezista
Eu não vou dizer também que eu seja
perfeito
Mamãe me viciou a só querer mamar no
peito
Ehê, ahá!
Quando acabar o maluco sou eu
O russo que guardava o botão da
bomba H
Tomou um pilequinho e quis mandar
tudo pro ar
Seu Zé preocupado anda numa de
horror
Pois falta um carimbo no seu título
de eleitor
Ehê, ahá!
Quando acabar o maluco sou eu
Eu sou
louco mas sou feliz
Muito mais
louco é quem me diz
Eu sou dono
do meu nariz
Em Feira de
Santana ou mesmo em Paris
Não bulo com governo, com polícia,
nem censura
É tudo gente fina, meu advogado jura
Já pensou o dia em que o papa se
tocar
E sair pelado pela Itália a cantar
Ehê, ahá!
Quando acabar o maluco sou eu
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Quando é possível nos assistir nos outros? Volta e meia ainda critico o lance de caras e bocas de um que outro de milhares de personagens que passam a frente de meus olhos toda semana.
Vez por
outra o fulano está próximo o suficiente a ponto de permitir-nos uma
observação, mas, muito aos poucos e bastante tarde aprendi a me observar na
outra pessoa, no entanto daí, da autocorreção a adquirir moral para chegar a
apontar trejeitos ou exageros de nossos colegas e amigos é um passo que pode
parecer legal ou uma ação que antes, ainda que não pareça intencional, é mais
fácil derivar para a destrutiva.
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Ser social
é participar, mesmo em parte, das convenções dos grupos aos quais pertencemos,
família, escola, trabalho, social político. Contrário a esse modus temos o
indivíduo antissocial, que recebe esta alcunha por dois motivos principais, ou
não concorda com esta máxima e procura grupos tidos como marginais significando
que juntos tentarão viver a margem do que dita o até então percepcionado e
abertamente combinado. Participando de associações ou tribos estranhas à
conjuntura montada, mesmo que não cometam ações que vilipendiem o grupo
principal; formando, desde pequenas organizações paramilitares e místicas
generalizadas a associações estudantis e punks radicais, por exemplo, andam por
aí com ar de blasé, de soberba ou carrancudos a condenar a tolice dos demais.
Todos, sempre, vigiados de perto; se o establishment estiver aparelhado e não
gostar de surpresas desagradáveis.
Quanto sua
irracividade precisa ser tratada por especialistas para que volte a ser
enquadrado como um sujeito social respeitado e então após ter aprendido como
viver conforme as regras, finalmente entender a necessidade do salto para além
do social sem as ranhetice e maus-costumes do sujeito inapto solto às rédeas
tolas do instinto?
Raul Seixas,
Paulo Leminski
Plínio Marcos
e também a
Celso Blues Boy
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Após ler o livro A utopia de Edgar Morin pensei em montar um texto buscando exprimir em meio a expressões distintas tanto a essência de sua voz quanto sua ânsia sã na correção um tanto quanto utópica somado a forma bastante singular, comum aos grandes ícones, com a qual busca jogar luz sobre a educação e consequentemente corrigir alguns rumos a tempo de o que assistimos não consumar-se na mais absurda das realidades em relação à educação e consequentemente o que daí será gestado.
*
*
Não é mais possível criar uma situação positiva através de um processo de simbiose buscando resultados simultâneos e únicos. Braços, tentáculos, canais, ramificações, intersecções, bifurcações, links e conexões de toda ordem criaram uma concepção, ou melhor; conceberam uma antropologia biocultural que funde e ultrapassa tudo o que podemos imaginar; daí é correto ousadamente assinalar que não há solução no velho. Tanto no campo epistemológico quanto no biológico antropológico baseado no cientificismo perenemente atuante atualizante — mais a força das necessidades que urgem. O programa; o algoritmo originado ultrapassa os planos parcamente ou totalmente não dominados e adentra desconhecidos. Era preciso desenvolver ferramentas para acessar o estado meta, o qual não é possível distinguir sem encarar que estamos impossibilitados. Nos tornamos retrógados para o que existe. A construção por si só advinda da revelia do negligenciar humano tomou forma — a mais funesta — por não ter sido gerada da vontade do ser puro, consciente, lúcido; antes, ou tão somente: de seres que buscaram figurar na história; serem venerados, embora o que não poderiam prever é que não haverá hiato — ao menos as distâncias entre o ignorante, o ignorado e o que ignora, nos parece, tem se encurtado, e ainda que possa assim ser configurado; isso não é boa notícia - entre eles e seus depauperados conterrâneos. É muito provável que teremos mais bustos, estátuas e monumentos trazidos de volta ao chão.
Inspirado no livro
A utopia de Edgar Morin
Da complexidade à concidadania planetária.
De Celso José Martinazzo
016.u cqe