Em uma importante feira de livros uma banca de sebos entre as alas concorridas continha uma série de livros desorganizadamente embaralhados a disposição de quem quer que fosse – “pegue o seu” -, onde boa parte deles eram livros espíritas. De graça. Então observei, comigo mesmo; que eles não são de graça porque não valem nada, são de graça porque valem muito, no entanto nós, por não entendermos o valor do que é de graça valorizamos o inútil – aceitamos e pagamos a valoração fabricada das coisas -, o temporário, para movimentar uma ânsia, talvez por décadas, até entender que o que irá mudar essa nossa percepção sempre esteve aí, de graça para quem quisesse ver.
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A máquina mundo tornou-se pesada - O
estado social econômico obrigatório a que estamos inseridos inculcou a todos a
valoração das coisas para movimentar o que não pode mais ser parado; resta a
cada um observar esta dinâmica e buscar o equilíbrio necessário para não
enterrar para sempre a essência e o ânimo da vida.
Inspirado ao ler o livro
O Além e a Sobrevivência do Ser
de Léon Denis
doação do meu querido amigo
Fábio Cortes
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