Alexandre Soljenítsin
No livro
Arquipélago Gulag p525
Quando
Acabar O Maluco Sou Eu
Raul Seixas
Eis que eu
sou normal e isso é coisa rara
A minha enfermeira tem mania de
artista
Trepa em minha cama crente que é uma
trapezista
Eu não vou dizer também que eu seja
perfeito
Mamãe me viciou a só querer mamar no
peito
Ehê, ahá!
Quando acabar o maluco sou eu
O russo que guardava o botão da
bomba H
Tomou um pilequinho e quis mandar
tudo pro ar
Seu Zé preocupado anda numa de
horror
Pois falta um carimbo no seu título
de eleitor
Ehê, ahá!
Quando acabar o maluco sou eu
Eu sou
louco mas sou feliz
Muito mais
louco é quem me diz
Eu sou dono
do meu nariz
Em Feira de
Santana ou mesmo em Paris
Não bulo com governo, com polícia,
nem censura
É tudo gente fina, meu advogado jura
Já pensou o dia em que o papa se
tocar
E sair pelado pela Itália a cantar
Ehê, ahá!
Quando acabar o maluco sou eu
021.u cqe