Só há uma solução, e ela é radical. Todos se alinharem
para uma refeição mínima diária, básica, por quanto tempo for necessário; não
mais comprar roupas e alimento além do básico; remédios, apenas em último caso
e qualquer outro serviço apenas em caso de sobrevivência. Estão dependentes de
aparelhos eletrônicos, esqueçam, não os compraremos mais – um rádio de pilhas
te mantém conectado ao mundo; não precisamos interagir, ninguém ouve mesmo.
Isso se dará por quanto tempo? Meses; pode passar de um
ano! Ok! Nós aguentaremos, nós nos ajudaremos uns aos outros dentro desse
processo básico de sobrevivência. Perderemos nossos empregos; a economia irá
colapsar? Com certeza, mas a culpa não será nossa – como não é somente nossa
frente ao que estamos assistindo quando somos sempre os mais prejudicados - e
não seremos mortos, porque nenhum de nós sairá às ruas. Cumpriremos todas as
leis. Não lutaremos, não esbravejaremos. Ficaremos quietos, porém, não mais
calados.
Ok! Ok! Brincadeirinha, afinal, a esperança é a última
que morre.
022.u cqe