Deveríamos viver cientes de que nossa curta existência pode ser comparada a um pequeno grupo apartado que momentaneamente faz parte de um projeto cuja única regra é trabalhar embarcados até que suas forças suportem, e uma vez que sabemos que todo o transporte tem suas regras explícitas ou implícitas é preciso que as respeitemos para que possamos aproveitar minimamente a viagem; otimizando-a. Porém não é a passeio (“não estamos aqui a passeio”); é a trabalho, quase uma missão secreta. Onde não conhecemos ou não sabemos nada da partida, muito menos da chegada pois tudo dependerá do nosso comprometimento durante o trajeto para que paulatinamente conheçamos o que nos espera, o que nos revela o final da excursão – a alguns, muito ao final -, isto é, o propósito da missão. Cabendo apenas a cada passageiro como agrega, aceita e resolve os perrengues do trajeto.
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