sábado, 5 de junho de 2021

Enquanto aqui...

 



Espero jamais ter que defender Minha Escrita

Ela por si alijou-me

Não sou mais capaz

Ela cresceu e como tutor fui vencido

Um instrumento

Um guardião

Quem sabe?

Tornou-se o filho que não tive

O filho que nomina o pai

Espero também, a partir deste registro, jamais esquecê-lo

Que não me pegue desprevenido verbalizando choramingas como o reles de sempre

Qual autor ordinário que se entende dono do traduzido

Como o feito por toda uma vida medíocre mendigando oportunidades forjadas para um manter-se minimamente aceitável

Não sou Minha Escrita

Sou apenas quem a pariu

portanto jamais poderei advoga-la

Trabalho arduamente contra tal pretensão

Somos o que somos

Uma vez aqui

O que fazemos não nos define

...ainda que sujeitos as sempre equivocáveis

pretensões alheias







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