Espero jamais ter que defender Minha Escrita
Ela por si
alijou-me
Não sou mais
capaz
Ela cresceu e
como tutor fui vencido
Um
instrumento
Um guardião
Quem sabe?
Tornou-se o
filho que não tive
O filho que nomina
o pai
Espero também, a partir deste
registro, jamais esquecê-lo
Que não me pegue desprevenido
verbalizando choramingas como o reles de sempre
Qual autor ordinário que se entende
dono do traduzido
Como o feito por toda uma vida
medíocre mendigando oportunidades forjadas para um manter-se minimamente
aceitável
Não sou Minha Escrita
Sou apenas quem a pariu
portanto jamais poderei advoga-la
Trabalho arduamente contra tal
pretensão
Somos o que
somos
Uma vez aqui
O que fazemos
não nos define
...ainda que
sujeitos as sempre equivocáveis
pretensões alheias
039.u cqe