sábado, 5 de junho de 2021

O conhecimento é uma droga

 


O conhecimento age como uma droga em nosso organismo. Inicialmente despretensioso e então pode se avolumar para experiências que, à medida que avançam, provocam sensações que serão aplacadas somente a partir de doses de entendimento que suplantem o velho raciocínio.







Como um bom vetor alucinógeno, existem um sem número de formas de criar dependência e, diferente da droga que necessita de substâncias para se alcançar determinado objetivo, o conhecimento pode ser induzido por alguém aleatório, ciente ou não desse enunciado ou de qualquer outra narrativa para o sim ou não. Um drogado mais experiente: formado, formatado ou uma fraude. Idealistas de toda ordem. Articulados e munidos de ideias e vontades inegociáveis; utilizando nada além da argumentação. Estes agentes movidos, avançam para uma infinidade de métodos conforme o grau de dependência ou quando possível, controle lúcido.






São – estes - os mestres acionados quem direcionarão o iniciando talvez por toda uma vida; alguns jamais conseguirão fazer experimentos fora do induzido dada a carga de pressão a que os próprios tutores foram também expostos.






Inexoravelmente nascemos e somos apresentados às religiões ou doutrinas que regem este plano, deuses, estudos, esportes, dinheiro, poder, família, por exemplo. Aí permanecendo, nem todos apreendemos o principal conceito ensinado – muito menos onde é urgentemente rechaçado: que tudo é uma ponte e que ao não percebê-lo a tempo é possível que fiquemos “viciados” em algo bastante nocivo para o desenvolvimento caso nosso poder de percepção seja realmente afetado ou desviar-se para os “segredos” do misticismo, por exemplo, podendo experimentar um efeito ainda mais poderoso – vislumbrando não uma ponte, mas infinitas - como se elevasse a níveis e graus de drogas realmente pesadas onde o controle ou não, baseado justamente no “conhecimento”, destrói ou continua o despertar do aluno que entendendo-se experimentado, acomodado assume, agora, por vontade própria, que uma vez aqui dificilmente deixará o vício.










038.u cqe