A Terra é plana e a borda fica no Triângulo das Bermudas.
018.v cqe
Quanto de
nossos esforços é direcionado ao que dita o bom senso? Como atingir alguma
consciência crítica estável visando um estado de ser benevolente? Como isso
hoje é possível ou desejado e como mensurá-lo sob o aspecto do que tão bem
ditou Ruy Barbosa já no início do século XX – “De tanto triunfar as
nulidades...”?
Ao pensar este exercício veio-me, de pronto, a questão racial e todo o imbróglio que cada uma das culturas guarda como seu maior bem; a verdadeira, a correta e jamais inconspurcável, e assim vai. Aqui nas américas as mulheres parecem poder muito, lá são obrigadas a se esconder, acolá são várias para um único macho e na Índia muitas são expostas à cultura do estupro coletivo, em outro canto remoto são sequestradas aos montes em colégios, e cada tribo, etnia ou o que chamamos de sociedade, se entende no direito de continuar com a barbárie usando a desculpa conveniente da vez.
Em algum ponto o humano se dobra, na maior parte dos casos por imposição, não atento, a demora pode levar séculos. Observemos as mulheres. Continuam esquecidas sobre fazer-se valer algum direito. Somente no final do século passado John Lennon observou que a “mulher é o negro do mundo” e mesmo assim nada realmente mudou. Existe uma balburdia aqui e ali. Reféns de um modus operandi secular, repetido. Como exemplo, temos o executado sob a bandeira dos Direitos Humanos durante longa data, até que fossem comprados, digo, acomodados em prédios evidenciados, com ar condicionado, elevadores e cafezinho, e a viver muito bem com status de diplomatas pulando de congresso em congresso sem uma realidade efetiva. Assim acontecerá com a bandeira do Feminismo.
Nietzsche em A Genealogia da Moral é correto ao afirmar sobre as diversas nuances da moral. Onde as respostas dependem de uma série de combinações de pessoas, pensamentos, culturas, dogmas, leis e vontades por exemplo, então como podemos trabalhar voltando-se a - paulatinamente, dado a dificuldade de isso se dar prontamente: meditar sobre a matiz dos fatos que nos levam a determinar certo e errado, mal ou bom; de nossos porquês em aprovar ou não determinadas ações e representações, acurando, ajustando não mais para o vórtice matreiro de cair na vala comum dos vãos sociais estabelecidos, das morais dogmáticas postas, mas ao contrário, voltar-se a importância, ou buscar a dimensão da essencialidade de um senso crítico cônscio.
Por que
precisamos ser os mesmos amanhã? Quantos de nós afirmamos sermos assim? Essa é
minha natureza. Conversa. Essa é, mais, nossa falta de esclarecimentos e medo
de procurar a resposta e entender que sempre estivemos enganados.
Apontado em
outros exercícios; pergunto: “Se não tenho certeza, se consigo pontuar alguma
dúvida, se à resposta: se aplica ponderações ao certo e ao errado; não seria
mais inteligente procurar caminhos que nos levem a decisões e opções de
escolhas em que um terceiro não seja desrespeitado; uma vida não seja afetada
negativa ou depreciativamente falando?”.
Entendo que o
caminho é longo e a caminhada é exaustiva até descobrimos que todas as nossas
ações, convenções e representações são frutos do que carregamos até então em
relação a nossa evolução humana, isto é; em algum momento alguém ou um grupo
achou por bem que aquilo era legal e a lei foi decretada.
A partir
dessa constatação chegamos à conclusão que uma porcentagem considerável de
nossa natureza não passa de um engodo no que se refere à vontade nata. Uma vez
formado pode ser deformado. E significa também, ou melhor, principalmente: que
qualquer coisa que queiramos fazer para mudar nosso pensar para rumos mais
amistosos, de forma alguma despertará a ira daqueles que ditaram as regras.
Jamais
tivemos tão presos às regras ainda que os grilhões se mantenham invisíveis e,
paradoxalmente, constatar isso, fará de cada um que acesse essa realidade o
mais livre e natural dos homens.
017.v cqe
O “só sei que
nada sei” de Sócrates o alertava para esta ciência, porém não o credenciava
para um cabedal muito além de saber que nada sabia ou, por ventura, a qualquer
um de nós sobre saber tão somente isso.
Quanto ele
sabia que nada sabia quando sabemos agora que nossa ciência não ultrapassou nem
mesmo o seu dessaber?
016.v cqe
Para a Igreja
tanto o rico quanto os pobres são elementos importantes. O pobre vai à Igreja é
dá um sentido às portas abertas, já o rico não precisa ter sua presença
confirmada, pois ele vai aos bancos.
015.v cqe
OH! TODO
OH! GRANDE
ESPIRITO
OH! DEUS
Hoje eu só
quero agradecer.
Aliás eu
sempre só deveria agradecer.
Mas eu tenho
uma decupla para não estar em constante agradecimento.
É que Você é
muito complacente
Muito Bom e
muito Grande
E por isso,
aproveitando que Você não reclama, oportunamente, relaxo.
Eu quero
pedir desculpas também por todas as vezes que reclamo.
Sei também
que desculpas são humanas, digo, invenção humana para reparar erros; até os
irreparáveis. Porém, cabe aqui mais como um agradecimento, e ao mesmo tempo,
tento, oportunamente, demonstrar meu esforço para não mais reclamar.
Olhando a
minha volta, consciente, pude compreender que a reclamação é o maior pecado
para quem faz parte do Seu Reino, sim, porque se considerarmos os mais
necessitados – que são muitos e isso é uma constante ao nosso lado, que de uma
forma ou de outra sofrem mais do que a gente – existe um Universo Maravilhoso
ao alcance dos nossos olhos, equilibrando ou melhor mostrando desequilíbrio a
favor de Tuas Maravilhas que são inúmeras vezes maiores que as tristezas
provocadas por nós mesmos.
Eu sou hoje
só agradecimento, porque sei que posso contar Contigo sempre.
E como estou
buscando a todo momento ficar no caminho indicado por Cristo, Acredito que
Guias de Luz e Anjos estarão comigo diariamente para que me torne mais um Filho
Liberto e Vigilante no majestoso trabalho de construção de algo grande que é: O
TODO.
Eu
Hoje tudo bem!!!
Um hoje de Outubro/1996
Da série; Alfarrábios
014.v cqe
Tomar para si
a lança da evolução e lançá-la à frente. (...) Quais gerações puderam converter
o recebido através de ações minimamente conjuntas deixando aos próximos
habitantes um espaço, um planeta melhor? A geração que a isso se entregar precisa olhar para uma comunidade de formigas e abelhas ou pode basear-se
apenas nas gerações que a antecederam?
Como chegar
ao Übermensch; quem o consegue, ou, de quantos deles precisaríamos ou melhor,
de quantos indivíduos que realmente o buscam poderíamos contar para otimizar a caminhada evolutiva de toda uma
geração? E de muitas?
Na minha
escalada particularíssima de estudar o humano, chego a mais uma história
nojenta, nauseabunda, da luta de incautos contra oponentes abjetos; personagens
asquerosos dando à luz seres perversos e medonhos do mundo corporativo – hoje
são estes que seguram a lança. O que vou marcar aqui é fruto de emoções acordadas
e insufladas que se devem com muita particularidade a uma série de quatro
capítulos - portanto a base é esse viés. Se o diretor fez com que inflamasse um
fio desencapado bastante exposto por conta do real ou do ficcional, são outros
quinhentos, ao final, aqui, se trata tão somente de mais um exercício
dominical.
Estou me referindo a Batalha Bilionária; a odisseia de dois seres reais: Juri Müller e Carsten Schlüter, com o Google sobre patente roubada. Ao final o narrador, um dos alemães, diz que uma única frase do traidor maior, um legítimo representante das sombras virtuais, Brian Anderson, poderia ter mudado todo o curso do processo.
Como estas
organizações detém a posse de um naco maior de responsabilidade sobre a lança,
esses tipos de traidores corporativo são os modelos a serem seguidos; a personalidade do
momento. E todos os santificam e se esforçam para igualá-los e os têm como exemplares,
no caso em questão; Brian é o cara; o exemplo maior, a matriz, o cachaço. O reprodutor que vale milhões. Estes são os colonizadores contemporâneos, os
heróis. Estes são os vencedores da vez.
Minha esposa
quase passa mal, ela realmente se entrega ao enredo. Sua cabeça dói ao término do quarto episódio. “Tomara que o Google
tenha o que merece.” Tento contemporizar; “não há mais como ficar sem eles e se
isso acontecer, outros com homens maus, ainda piores, determinarão nosso futuro”.
Preferi não
aumentar meu discurso, afinal, apesar da minha passividade obrigada, entendo
que “se tudo for verdade” do meu lado tenho que tudo é ainda pior, então
utilizo minha mecânica acomodada particularíssima de superar as emoções na hora
da explosão, e o que me vem é que ainda temos um paliativo: entre eles, há mortes e assassinatos, porém, entre nós, diminuíram - hoje somos clientes em potencial; carnificinas não são mais necessárias.
Mantendo a
linha “ficcional” relembro os absurdos territoriais em O Último Samurai 2003,
quando um dos tópicos é a extinção física e cultural dos índios americanos e de
povos japoneses que habitavam regiões protegidas por samurais honrados. Então penso em todos os indizíveis e
execráveis massacres ao longo da história sob o domínio dos déspotas da vez no
intuito de tomar e se perpetuar no poder se utilizando de soldados como Nathan Algren, e a propósito nos perguntamos se
o inferno por ele vivido após a dizimação de centena de milhares de índios, poderia representar e
resultar em algo real, possível também a todos os responsáveis por ataques infundados
como – aqui apenas alguns exemplos -; dos europeus durante os roubos
e arroubos naturais às futuras colônias, do abate de escravos, mesmo das
guerras e holocaustos. A partir da nossa evolução porcamente orquestrada e de
posse de nossa escalada evolutiva, agora progredimos, afinal, temos apenas a
morte de alguns poucos entre eles. É certo que vivemos há décadas o aumento
exponencial da pobreza escondia em expressões que poucos de nós, invisíveis,
sabemos do que se trata “Distribuição de Renda Deficitária”, portanto, nada
igualitária e aumento avassalador das “Desigualdades Sociais”, mas isso também
precisa ser visto como uma conquista de burocratas dos Direitos Humanos; hoje
não morremos depressa; definhamos.
Não explanei
ou melhor, preferi não revolver mais isso na mente torturada da minha eterna
companheira naquele momento; afinal esse expediente tem nos conformado a
milênios, porque nossa passividade forçada somada às escolhas, inicialmente errada,
covarde, ou simplesmente omissa, daqueles que poderiam não se vender ou não continuar vendidos, só faz, com que o
torniquete, a partir daí, seja acochado mais e mais de tempos em tempos.
Iletrados
politizados a mercê daqueles que dominam, acossados; hoje o próprio Google os
conforta com a chuca doce, um pirulito paliativo e assim os mantém, reféns de
um novo algoritmo, de uma nova plataforma, formando uma rede de
redessocializados conformados e se auto incitando, brigam entre si sem jamais
dominar um milímetro a mais, ao contrário, é o sistema corporativo que avança
para o exíguo palmo que ainda resta.
Socializados
na rede, as novas gerações dominarão os teclados – e de posse de suas evoluções
tecnológicas; logo não mais esses -, tendo como pano de fundo a ilusória
certeza de que estão de posse de todas as informações disponíveis privadas e
inacessíveis aos neandertais que povoaram a terra até o século XX, e, como essas
informações não interessam, por estar disponíveis, jamais descobrirão que entre
suas buscas por seguidores, intenção maior da distração; os Brian’s da vez
estarão encontrando meios de roubar patentes e etc, enquanto mais de nós
chafurdamos caçambas de lixo nascidos a partir dessa privada dourada.
013.v cqe
Elogio;
cuidado com ele. Elogios; há que se ter atenção ainda maior.
Como
classificar os elogios; puros, honestos, sinceros, oportunistas, interesseiros,
apreçados, velados, rasgados... quem, quando e onde foi proferido and so on.
Um conselho
que não sai de moda é: não se preocupe com o que falam de você, mas quem está
falando; ocupe-se então em conhecer quem o está elogiando.
Minhas
semanas corriqueiras, jamais são monótonas. Faço todo santo dia as mesmas
coisas, acordo cedo, executo uma centena de ações antes de sair. Higiene
pessoal, remédios, gatos, cachorro, comer, máscara, ir e voltar do trabalho,
por exemplo. Sou caseiro, então é casa-trabalho-casa. É raro uma parada na
panificadora, geralmente o único desvio que me permito. Porém nem de longe
minha vida é parada. Sou “bocaberta”, tipos como eu sempre estão metidos em
polêmicas e aqui em casa meus afazeres não domésticos movimentam minha mente
agitada, ansioso, não paro. Os gatos reclamam porque nunca podem sossegar no
colo do pai.
Dentro da
ordinariedade da semana que sempre está a apresentar novidades; esta me trouxe
algo bastante inédito, um elogio que precisou ser analisado. Um colega de
trabalho bastante fora do meu relacionamento profissional, por ser de outro
setor e não trabalharmos na mesma profissão, do nada, contou que após minha
saída de uma determinada sala onde se encontravam uma meia dúzia de pessoas ou
mais, que o maior deles, hierarquicamente falando, “rasgou elogios a meu
respeito”. Sou escamado com elogios e procuro filtrá-los ao máximo; mas este
havia passado na peneira. Opa! Aqui há
algo a ser avaliado. Todos os dias as pessoas estão se cumprimentando e
rasgando seda umas às outras, e isto é tão automático que de vez em quando
nosso “egüinho” precisa de uma ou outra massageada; é sempre bom, e a despeito
das minhas convicções, pensei não haver mal algum embarcar nesse, até porque
tudo ficaria entre eu minha esposa e este cidadão.
Na hora,
devido a determinado sujeito no local, o colega não disse o nome do chefe,
apenas confirmei mais tarde; quando então ele surpreendeu mais uma vez citando o
nosso momento atual – um dos motivos desse exercício - quando todos estamos
mais atentos a apontar o dedo e esconder o que é bom nos outros. Ok! Pensei. Se
este camarada não tinha nada que me contar ou bajular e o outro também é alguém
que pouco me relaciono, é sinal que o elogio deve ser considerado.
Por que
trouxe este assunto para o exercício de hoje? Por minha causa? Não apenas.
Outro colega, este mais para amigo, o Rafael; nos conhecemos a mais de uma
década e temos uma amizade sui generis,
que não vem ao caso. Estamos sempre a compartilhar link’s afins. Ele, fã do
Marcelo Del Debbio do Projeto Mayhem volta e meia envia link’s de vídeos de
cerca de uma hora, de convidados que falam, obviamente, de interesses em comum
ao projeto; e, sabendo da minha admiração por Raul Seixas, enviou-me o link da
última entrevista com alguém que nunca ouvi falar, J.R.R Abrahão, que foi parte
importante do último capítulo do Raul. Nem sempre assisto de imediato, em
alguns casos demoro mais de uma semana para acessar, porém, como o título
chamava atenção para a ligação entre os dois e fazer parte do projeto do Del
Debbio por quem tenho muita simpatia virtual, – pois não o conheço - iniciei-o
em um momento qualquer entre meus afazeres, sem maiores pretensões. Sei o que
me interessa sobre o Raul, no entanto, sei o que diz respeito a minha filosofia
de vida, e que era um incompreendido, seja por seus fãs e ainda mais por seus
chegados, e o principal; o Raul é do bem, portanto, como minha opinião é
polêmica: não é tudo que me indicam dele que aprecio.
A abertura,
quando o entrevistado apresenta seu histórico, era o mesmo de sempre: o curso
das buscas do convidado; bastante normal ao programa, afinal todos os
entrevistados do Projeto Mayhem são ferras, mas o viés e, portanto, seu propósito,
está bastante ligado a Magia e Ocultismo e já não tenho mais idade para
aprender coisas novas, porém algo chamou a atenção. Não só o João Roberto se
emocionou ao falar sobre o Raul, como a sua postura simples e centrada agradou.
Sabendo, conhecendo e dissertando sobre suas buscas e descobertas, seu empenho,
sofrimentos, paciência e resignação a falta de reconhecimento (em momento algum
literalmente expostos); em meio a tudo ele se mostrava uma pessoa extremamente
simples, comum, resignada, porém nada entregue. Em nenhum momento foi arrogante
ou ensimesmado ou se mostrou orgulhoso, a não ser de sua desenvoltura altruísta
e ainda aí foi comedido.
Que
maravilhoso encontrar seres humanos centrados e senhores da não necessidade de
se elevar aos demais. Este exercício então, é uma homenagem a estes; e repito
aqui algo em que estreitamos nossos pensamentos e tem a ver com nosso dever ao respeito
à vida: independentemente do reino, mineral, vegetal ou animal, não existe
gênero, o que existe é um ser vivo que deve acima de tudo, não apenas por isso,
ser respeitado.
011.v cqe
Sobre a real
tendência humana... - Qual é a tendência humana; paulatinamente agrupados em
comunidades ainda que específicas... compreender que o partidarismo filosófico
titubeante modesto em vontade e covardemente agarrado a ortodoxia cultural
empírica não é uma opção de: escolhe e assume; mas uma simples régua para
descobrir-se que toda essa dialética boa ou ruim, positiva ou não, séria ou
oportunista não é nem de longe um fim em si mesma, são momentos/vidas, alguns
que perduram por séculos ou mais até que se compreenda finalmente que a
realidade humana atual não é salvo conduto, ou não nos avaliza/credencia, de
forma alguma, a um ser que possa representar-nos condignamente perante algum
universo decente?
...ou não -
Não somos uma página em branco, no entanto erros grosseiros executam por
milhares de anos um apagamento momentâneo no entanto tácito, também naquilo que
carregamos de melhor e de pior de priscas eras, que poderia ser finalmente
trabalhado a partir de uma visão assumidamente excelsa.
*
Nenhum pensador sequer teve a coragem de assumir um tal pensamento dualista altruísta. Faltou coragem a todos, afinal o que tende à meta, à transcendentalidade, simplesmente não pode ser considerado detentor de sapiência de estirpe intelectual, como se as disputas tomassem sempre o rumo a otimizar a vida quando, egoístas, todos estiveram voltados a vaidade do pensar diferenciado contanto que atrelado ao empirismo, ainda que esse, a muitos, carregasse muito, somente, do que de pernicioso possui os pensamentos egóicos.
010.v cqe