A clareza do
entendimento de Nietzsche na sua cumplicidade
e então
comunhão ambígua com Deus é certamente maior
que o mais
íntegro gnóstico dos céus.
“(...) O
resultado que cheguei foi o mais surpreendente possível, mesmo para mim, que já
me senti familiarizado com muitos mundos estranhos; verifiquei que era possível
reduzir todos os juízos superiores, todos os que se tornaram senhores da
sociedade, da humanidade domesticada pelo menos, a juízo de esgotados.
Por trás dos
nomes mais sagrados encontrei as tendências mais destruidoras; chamaram Deus ao
que enfraquece, ao que ensina a fraqueza, ao que infecta de fraqueza...
verifiquei que o ‘homem bom’ era uma auto-afirmação da decadência.”
Os Imortais do Pensamento Universal - Nietzsche
*
Um Deus conceituado, contaminado
através de filtros como ideia e mente humanas precisa ser suplantado.
A nossa
dificuldade reside em suplantar a religião. O Deus do Nietzsche que enfraquece
é justamente, ou melhor, é originado justamente, porque não sabemos o que fazer
após Suplantá-lo e quando o fazemos enfrentamos a força daqueles que apoiados
precisamente na fraqueza advinda da doutrina humana a qual Nietzsche tanto
combate, não coaduna com a força daquele que majestosamente a superou e
coexiste agora uno – e muito provavelmente, a milhas de distância, só -, com a
Força Divina.
Invariavelmente
o a definhar, que nada consegue ou pouco está interessado além dos comezinhos
diários, trabalha contra o que suplanta; por conformismo, por mentir a si
próprio sobre as vontades austeras do terceiro aplicado, imaginando igualá-lo
na sua incapacidade de conquistar algo muito além do comum, por ignorar e não
encontrar forças para desconsiderar o estado insciente e por último e tão pior
quanto, não entender válida qualquer ataque arrazoado a respeito do imaterial;
e por aí afora.
010.v cqe