sábado, 9 de outubro de 2021

De Nietzsche e da limpidez por ele alcançada

 





 

A clareza do entendimento de Nietzsche na sua cumplicidade

e então comunhão ambígua com Deus é certamente maior

que o mais íntegro gnóstico dos céus.

 

 





“(...) O resultado que cheguei foi o mais surpreendente possível, mesmo para mim, que já me senti familiarizado com muitos mundos estranhos; verifiquei que era possível reduzir todos os juízos superiores, todos os que se tornaram senhores da sociedade, da humanidade domesticada pelo menos, a juízo de esgotados.

Por trás dos nomes mais sagrados encontrei as tendências mais destruidoras; chamaram Deus ao que enfraquece, ao que ensina a fraqueza, ao que infecta de fraqueza... verifiquei que o ‘homem bom’ era uma auto-afirmação da decadência.”

Os Imortais do Pensamento Universal - Nietzsche

 





*

 


Um Deus conceituado, contaminado através de filtros como ideia e mente humanas precisa ser suplantado.


 





 

A nossa dificuldade reside em suplantar a religião. O Deus do Nietzsche que enfraquece é justamente, ou melhor, é originado justamente, porque não sabemos o que fazer após Suplantá-lo e quando o fazemos enfrentamos a força daqueles que apoiados precisamente na fraqueza advinda da doutrina humana a qual Nietzsche tanto combate, não coaduna com a força daquele que majestosamente a superou e coexiste agora uno – e muito provavelmente, a milhas de distância, só -, com a Força Divina.







Invariavelmente o a definhar, que nada consegue ou pouco está interessado além dos comezinhos diários, trabalha contra o que suplanta; por conformismo, por mentir a si próprio sobre as vontades austeras do terceiro aplicado, imaginando igualá-lo na sua incapacidade de conquistar algo muito além do comum, por ignorar e não encontrar forças para desconsiderar o estado insciente e por último e tão pior quanto, não entender válida qualquer ataque arrazoado a respeito do imaterial; e por aí afora.









010.v cqe