sábado, 13 de maio de 2023

Espaço de manobra

 






“Quando analisarmos a própria mente, e a pessoa se vir face a face, por assim dizer, com algo que jamais é destruído, algo que por sua própria natureza é eternamente puro e perfeito, ela não voltará a se sentir miserável ou infeliz. Toda miséria advém do medo, do desejo insatisfeito. Um dia o ser humano descobrirá que ele jamais morre, e então não mais terá medo da morte. Quando ele aprender que é perfeito, não terá mais desejos vãos, e estando ausentes estas duas causas, não haverá mais miséria, haverá felicidade perfeita, mesmo enquanto ainda estivermos no corpo físico.”

Vivekananda

 





“Tenha perseverança como alguém capaz de suportar ainda mais. As tuas sombras vivem e desaparecem. Aquilo que é tu mesmo viverá para sempre, aquilo que é tu mesmo sabe, pois o que é conhecimento não tem vida passageira: é o homem que foi, que é, e que será, para quem a hora jamais soará.”

A Voz do Silêncio

 










 “O homem feliz (...) o homem que, sem buscar de modo direto a felicidade, inevitavelmente encontra alegria como um bônus agregado ao ato de forjar o caminho para a frente e atingir a plenitude e a finalidade de seu próprio eu.”

Teilhard de Chardin

 




Nível aumentado

“Sabe, ó Naljor, tu da Senda Secreta, que as suas águas puras devem ser empregadas para adoçar as ondas amargas do oceano – esse poderoso mar de sofrimento formado pelas lágrimas dos homens.”

A Voz do Silêncio


...e quanto esse nível vem subindo!!!












Entre os textos acima, retirados da Revista Sophia, uma expressão despertou minha atenção: espaço de manobra. Encaixe sui generis e claro, bastante significativo aos meus exercícios de escrita.










Minhas análises aludem a rebentação, a correnteza, a torrente, ao torniquete sempre mais apertado; ao ceder aos impulsos do materialismo universal ou da luta inaudita pela sobrevivência daqueles que uma panelada de arroz por dia é um sonho de consumo, ambos, portanto, impossibilitados de absorver qualquer vontade pura, íntima, a entregar-se a uma senda auspiciosa. 






Sob esse aspecto, sob essa ilustração, não há “espaço de manobra” àquele que espera, quando nosso existir remete a passagem por esse plano de vias estreitas e sem área de escape, vivemos acotovelados, e ao pouco espaço conquistado que permita elevar nossas cabeças para uma tomada de ar, somos vorazmente apanhados e mantidos sob o jugo de ânsias alheias e, consequentemente, à impossibilidade de cumprimento de uma vontade autêntica.











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