domingo, 13 de março de 2016

A “Era do mal necessário”



...e não há um sequer, sinal de alerta, que seja respeitado, nada. Todos são negligenciados por conta de uma oportunidade futura de ganho fácil após o desespero tornado urgente.

Babando então, sob os cadáveres-mortos-vivos, estão os pesquisadores do caos – verdadeiros dissecadores a remexer carniça. Trabalham dia-e-noite para criar formas de manter o mundo-moribundo mecanicamente respirando; respirando e minimamente ativo. Minimamente funcional. Razoavelmente operante para seu estado funcional autômato; recebendo o suficiente para pagar os “remédios” e a ração que sustém seus membros; nós, sócios usufrutuários da Grande Sociedade Universal.

Minimamente ativo para seu auto sustento e com as drogas controladas para não ultrapassar o vigiado nível: enérgico-estático; e então causar transtornos que são tidos como fora do padrão; que o torne instável – a dinâmica fica por conta dos controladores.

Nada; ele apenas precisa continuar respirando e produzindo o suficiente para manter a máquina que o mantém sempre saudável e sem risco de falha, ainda que esse risco seja superdimensionado, e é bom que seja; afinal, esse superdimensionamento garante que, também ele, não vá falhar. Isso é compreensível e convenientemente aceito por todos, ainda que uma meia dúzia de seus sócios nem mesmo saibam onde ficam a maior parte de suas filiais espalhadas pelo mundo. (detalhe do texto “A Era do mal necessário”; ou, a era que ainda é)


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