...e não há
um sequer, sinal de alerta, que seja respeitado, nada. Todos são negligenciados
por conta de uma oportunidade futura de ganho fácil após o desespero tornado
urgente.
Babando
então, sob os cadáveres-mortos-vivos, estão os pesquisadores do caos –
verdadeiros dissecadores a remexer carniça. Trabalham dia-e-noite para criar
formas de manter o mundo-moribundo mecanicamente respirando; respirando e
minimamente ativo. Minimamente funcional. Razoavelmente operante para seu
estado funcional autômato; recebendo o suficiente para pagar os “remédios” e a
ração que sustém seus membros; nós, sócios usufrutuários
da Grande Sociedade Universal.
Minimamente
ativo para seu auto sustento e com as drogas controladas para não ultrapassar o
vigiado nível: enérgico-estático; e então causar transtornos que são tidos como
fora do padrão; que o torne instável – a dinâmica fica por conta dos
controladores.
Nada; ele
apenas precisa continuar respirando e produzindo o suficiente para manter a
máquina que o mantém sempre saudável e
sem risco de falha, ainda que esse risco seja superdimensionado, e é bom que
seja; afinal, esse superdimensionamento garante que, também ele, não vá falhar.
Isso é compreensível e convenientemente aceito por todos, ainda que uma meia
dúzia de seus sócios nem mesmo saibam onde
ficam a maior parte de suas filiais espalhadas pelo mundo. (detalhe do
texto “A Era do mal necessário”; ou, a era que ainda é)
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