Também sou
partidário da opinião de que o filósofo participa de uma corrida de bastão. Não
é possível que fiquemos por centenas de anos discorrendo sobre um pensar não
mais possível; veja por exemplo o confucionismo; suas lições existirão para
sempre, porém não é mais razoável aplica-las na íntegra aos tempos atuais,
quando a linguagem é outra. Seus ensinamentos permanecerão eternamente selados
com a marca da mais bela arte existente, não mais será uma filosofia a ser
alcançada, mas sim, juntada ao processo, “De Existência Eterna”, quando então é
para todo o sempre: tornada obrigatória; como uma disciplina a ser assimilada.
Permanecer
defensor dessa ou daquela escola maravilhosa e indispensável simplesmente por
simpatia, insistência orgulhosa, ou à defesa teimosa, é mais retroceder que
avançar. É redundar no mesmo sorvedouro religioso partidário atávico; descer à
mesma consciência da não contextualização.
Platão,
Hegel, Descartes, Aristóteles...; todos deram e para sempre serão
contribuidores inegociáveis a formar elos de inigualável importância desde as
suas épocas... mas os tempos seguem. Tudo é dinâmico. Até porque eles assim
entenderam – antes de tomarmos seus ensinamentos como lição; devemos observar
que foi o dinamismo próprio genial-individual que os desviaram da corrente da época - e participaram para
que hoje os “descartássemos” em benefício da mente ampla, aberta, exploradora e
insaciável.
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