sábado, 10 de julho de 2021

Homem prisma

 



“Para Kant, a realidade não é aquilo que realmente é, mas ela é como nós a enxergamos, como se usássemos lentes que alteram a realidade de acordo com nossas percepções. ”



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Partindo desse princípio aqui copiado a questão principal não é o que é realidade ou não, o que é a verdade, o que é verdadeiro, o que existe e o que é tão somente criação humana; e sim de que se trata a percepção? Como percebo todo esse universo que me circunda desde o meu amiguinho de estimação às profundezas abissais e o cosmos infinito!?!





Daí; o que “refletimos”? Daí; como se fazem as conversas, as discussões, os debates, as batalhas, as análises e o questionar íntimo que apura nossa razão ajustando-a a nossas crenças?





Se de alguma sorte pudéssemos, através de um processo Kirlian fotografar os raios particulares refletidos após serem mesclados a realidade de cada um; que impressão, por ventura, refletiriam nossos matizes? 





Ao sujeito razoável; a cada dia com mais representatividade lhe ocorre que não somos o que parecemos ou entendemos ser. De maneira exponencial uma gama enorme dos indivíduos que gestaram as realidades que estamos vivenciando agora, abarcando nós inclusive, fizeram com que nos afastássemos da essência humana; do que é essencial; ao trazer nossas vontades para o terreno mental, isto é: aproxima-las tendenciosamente e muito exclusivamente ao mundo material. Nossas verdades inegavelmente compreendem um processo paulatino de sensações táteis em detrimento às sensíveis; relegando nossas percepções ao limbo; a um miserável estado vegetativo. 




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