“Para Kant, a realidade não é aquilo
que realmente é, mas ela é como nós a enxergamos, como se usássemos lentes que
alteram a realidade de acordo com nossas percepções. ”
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Partindo desse princípio aqui copiado a questão principal não é o que é realidade ou não, o que é a verdade, o que é verdadeiro, o que existe e o que é tão somente criação humana; e sim de que se trata a percepção? Como percebo todo esse universo que me circunda desde o meu amiguinho de estimação às profundezas abissais e o cosmos infinito!?!
Daí; o que
“refletimos”? Daí; como se fazem as conversas, as discussões, os debates, as
batalhas, as análises e o questionar íntimo que apura nossa razão ajustando-a a
nossas crenças?
Se de alguma
sorte pudéssemos, através de um processo Kirlian fotografar os raios
particulares refletidos após serem mesclados a realidade de cada um; que
impressão, por ventura, refletiriam nossos matizes?
Ao sujeito
razoável; a cada dia com mais representatividade lhe ocorre que não somos o que
parecemos ou entendemos ser. De maneira exponencial uma gama enorme dos
indivíduos que gestaram as realidades que estamos vivenciando agora, abarcando
nós inclusive, fizeram com que nos afastássemos da essência humana; do que é
essencial; ao trazer nossas vontades para o terreno mental, isto é: aproxima-las
tendenciosamente e muito exclusivamente ao mundo material. Nossas verdades
inegavelmente compreendem um processo paulatino de sensações táteis em
detrimento às sensíveis; relegando nossas percepções ao limbo; a um miserável
estado vegetativo.
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