Nossos inimigos estão à espreita, observando de soslaio,
artificiais; ainda sob o comando instintivo de animais selvagens, esperando um
vacilo; diferente de nossos amigos do Reino Animal, nossos algozes humanos são
de pior lida, dissimulados. Porém, basta um evento, um único episódio —
acidental, na maioria das vezes, ou por conta da confiança em um destes — onde entendem que uma brecha foi
aberta, que a provável vítima foi revelada; atacarão como carniceiros, deixando
de lado, ou melhor, pouco se importando com a pseudo camaradagem que até então representavam.
Arrebanharão indícios passados. Assuntos falaciosos falsos fazem com que voltem à tona cadáveres sem importância, agora novamente oportunizados. Arregimentando personagens novos e resenhas aumentadas, apimentadas e insufladas no calor da algazarra corrente formada e que se avoluma nos corredores. Enlameando um, até então inocente, por conta de alguma ocorrência menor, um deslize, um erro, um descontrole que em nada resultaria, estivesse ele, entre amigos verdadeiros.
Este mundo, definitivamente, não é para amadores.
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