Existem grupos onde o absurdo é tratado como normal a
partir de uma defesa própria e irrefutável, proclamada necessária entre eles e
amplamente propagandeada como útil a todos que deles dependem; antes enganar-se
a si próprio auto avalizando uma ação obscura do que somar-se em uma malta,
arregimentando um colegiado omisso às consequências, envolvendo indivíduos de
países e continentes em um precipício de escuridão sob o jugo de poderes
insanos.
*
Todos
os nossos sistemas sociais se dividem em vários universos paralelos, porém
mescláveis, em escaninhos dos mais diversos. Trabalhadores braçais,
intelectuais, religiosos, políticos, economistas, estudantes, cientistas,
ricos, pobres, etc...
Vou
tomar aqui Oppenheimer, como exemplo. Ele vivia entre seus mundos particulares,
da ciência, da escola, o dos ambientes mais ordinários que o circundava onde
ele circulava e interagia, normal a todo o ser humano; então por alguns motivos
foi escolhido para um projeto onde se obrigou ou foi arrolado aos absurdos
universos da política e do poder econômico se deslocando e interagindo quase
que totalmente à estes dois últimos, donde dão conta as histórias em que um
inegável proeminente cientista, ao se tornar um dos homens mais importantes dos
anos 40 têm às costa o fardo de que, até agora não podemos ser taxativos sobre
se seus estudos foram benéficos ou maléficos, fato é que contribuíram condescendentemente
para um dos maiores genocídios humanos.
O
que buscamos com essa simples observação, nascida após ver o documentário Ponto
e Virada; A Bomba e a Guerra Fria (2024), é que nunca é tarde para dizer não à
alguns universos transformados em absurdos no nosso planeta. Seria muito melhor
manter-se acomodado nos seus mudinhos corriqueiros, escolhendo a reclusão, o
anonimato, o fazer para si, sem que os homens que trabalham a favor da ganância
indômita baixem seus olhos negros sobre você.
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