Acompanhar o noticiário político se tornou um show de
horrores, tão sem valor quanto as especulações da imprensa marrom.
A imprensa séria deve ser trabalhada com o intuito de
informar aqueles minimamente amadurecidos, porém hoje, se o fizer, não agrada a
legiões outras que vivem tão somente o presente vazio. Não há lugar para a
mídia séria após a enxurrada de parafernálias criadas com o advento da
Internet.
Os vieses e entrelinhas inteligentes dos jornais passados
deram lugar às observações rasas e sem vida, nutridas apenas sob o medo de
perder leitores — ou o emprego — para as opiniões polarizante das redes, tão
atuais quanto efêmeras, e nós, homens de princípios, somos obrigados a passar
as vistas em páginas e páginas até encontrar uma matéria, uma entrevista, uma
opinião que destoe deste universo frívolo a que fomos desavisadamente
inseridos.
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